sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ano da Fé





“Com a Carta Apostólica Porta Fidei convoquei este Ano especial, para que a Igreja renove o entusiasmo de crerem Jesus Cristo, o único salvador do mundo, reaviva a alegria de andar no caminho que nos indicou, e testemunhe de maneira concreta a força transformadora da fé.” (Bento XVI)

A porta da fé que nos introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. Atravessar essa porta significa embrenhar-se num caminho que dura à vida inteira, e esse caminho tem início no Batismo.
A Igreja no seu conjunto, e os Pastores dela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude. “Com as catequeses deste Ano da Fé gostaríamos de percorrer um caminho para fortalecer ou reencontrar a alegria da fé, compreendendo que essa não é algo estranho, destacado da vida cotidiana, mas é a alma.” (Bento XVI)

Uma profunda crise de fé atingiu muitas pessoas!
“Os cristãos se preocupam mais com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé”. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida, o homem contemporâneo deve sentir a necessidade de ir como a samaritana ao poço.

Sobre o Ano da Fé
Terá início em 11 de outubro de 2012, data em que se celebrará o 50° do Concílio Vaticano II e o 20º de publicação do Catecismo da Igreja Católica, encerrando em 24 de novembro de 2013 na Solenidade de Cristo Rei. Já em 1967 a Igreja vivenciou um ano da fé por ocasião do 19º centenário do martírio de Pedro e Paulo.
O concílio Vaticano II trouxe a renovação à Igreja, mas lembremos de que a renovação por inteiro se realiza no testemunho prestado pela vida dos crentes, contendo pecadores em seu seio, apesar da sua origem imaculada, necessita sempre de purificação.
É um convite para uma autêntica e renovada conversão, a fé não é algo abstrato, mas, uma adesão pessoal a Pessoa de Jesus Cristo, a fé é também motivada pelo amor, por isso nesses tempos somos convidados a descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé.
A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar no coração dos que acolhem o anúncio frutos de santidade e conversão.
Só acreditando é que a fé cresce e se revigora, portanto, devemos celebrar esse ano da fé de forma digna e fecunda a profissão da fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para aderir plenamente a Cristo.
Para uma melhor compreensão e aprofundamento da fé será decisivo repassar a história de nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada ao pecado;
E uma oportunidade de viver a caridade.
            Pela fé a Virgem Maria acolheu a palavra do Anjo, os apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre, os discípulos formaram a primeira comunidade, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho, homens e mulheres consagraram a sua vida a Deus, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica.
Somos convocados a reconhecer o Senhor Jesus, vivo e presenta na nossa vida e na história!

Subsídios
Carta Apostólica: Porta Fidei (pela qual se proclama o ano da Fé)
Catecismo da Igreja Católica (conhecimento sistemático da fé)

Como celebrar?
Intensificar a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo, confessar a fé em Cristo nas Igrejas, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, todas as realidades eclesiais devem encontrar uma forma de fazer publicamente profissão do Credo, intensificar a celebração da fé na liturgia, que o testemunho dos crentes cresça na credibilidade, pela redescoberta dos conteúdos de fé e a reflexão sobre o próprio ato com que se crê.

Como receber Indulgências Plenárias por ocasião do Ano da Fé?
Segundo o Decreto "Urbis et Orbis", datado de 14 de setembro passado e agora publicado pela Penitenciaria Apostólica, são as seguintes as condições para lucrar tal indulgência plenária:
A) Cada vez que participarem em pelo menos três momentos de pregações durante as Missões Sagradas, ou então em pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou lugar idóneo;
B) Cada vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, uma catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um lugar sagrado, designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. entre as Basílicas Menores e os Santuários dedicados à Bem-Aventurada Virgem Maria, aos Santos Apóstolos e aos Santos Padroeiros) e ali participar em alguma função sagrada ou pelo menos passarem um tempo côngruo de recolhimento com meditações piedosas, concluindo com a recitação do Pai-Nosso, a Profissão de Fé de qualquer forma legítima, as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria e, segundo o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;
C) Cada vez que, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. nas solenidades do Senhor, da Bem-Aventurada Virgem Maria, nas festas dos Santos Apóstolos e Padroeiros, na Cátedra de São Pedro), em qualquer lugar sagrado, participarem numa solene celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de Fé de qualquer forma legítima;
D) Um dia livremente escolhido, durante o Ano da fé, para a visita piedosa do batistério ou outro lugar, onde receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais com qualquer fórmula legítima.



 
 

 Mônica Mariana
Missionária DMD, Coordenadora Vocacional, vocacionada ao Celibato.