“Com a Carta
Apostólica Porta Fidei convoquei este Ano especial, para que a Igreja renove o
entusiasmo de crerem Jesus Cristo, o único salvador do mundo, reaviva a alegria
de andar no caminho que nos indicou, e testemunhe de maneira concreta a força
transformadora da fé.” (Bento XVI)
A porta
da fé que nos introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua
Igreja, está sempre aberta para nós. Atravessar essa porta significa
embrenhar-se num caminho que dura à vida inteira, e esse caminho tem início no
Batismo.
A
Igreja no seu conjunto, e os Pastores dela, como Cristo devem pôr-se a caminho
para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o
Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude. “Com as
catequeses deste Ano da Fé gostaríamos de percorrer um caminho para fortalecer
ou reencontrar a alegria da fé, compreendendo que essa não é algo estranho,
destacado da vida cotidiana, mas é a alma.” (Bento XVI)
Uma profunda crise de fé atingiu muitas pessoas!
“Os
cristãos se preocupam mais com as consequências sociais, culturais e políticas
da fé do que com a própria fé”. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido
e a luz fique escondida, o homem contemporâneo deve sentir a necessidade de ir
como a samaritana ao poço.
Sobre o Ano da Fé
Terá
início em 11 de outubro de 2012, data em que se celebrará o 50° do Concílio
Vaticano II e o 20º de publicação do Catecismo da Igreja Católica, encerrando
em 24 de novembro de 2013 na Solenidade de Cristo Rei. Já em 1967 a Igreja
vivenciou um ano da fé por ocasião do 19º centenário do martírio de Pedro e
Paulo.
O
concílio Vaticano II trouxe a renovação à Igreja, mas lembremos de que a
renovação por inteiro se realiza no testemunho prestado pela vida dos crentes,
contendo pecadores em seu seio, apesar da sua origem imaculada, necessita
sempre de purificação.
É um convite
para uma autêntica e renovada conversão, a fé não é algo abstrato, mas, uma
adesão pessoal a Pessoa de Jesus Cristo, a fé é também motivada pelo amor, por
isso nesses tempos somos convidados a descobrir de novo a alegria de crer e
reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé.
A fé torna-nos
fecundos, porque alarga o coração com esperança e permite oferecer um
testemunho que é capaz de gerar no coração dos que acolhem o anúncio frutos de
santidade e conversão.
Só
acreditando é que a fé cresce e se revigora, portanto, devemos celebrar esse
ano da fé de forma digna e fecunda a profissão da fé é um ato simultaneamente
pessoal e comunitário, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para
aderir plenamente a Cristo.
Para
uma melhor compreensão e aprofundamento da fé será decisivo repassar a história
de nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada ao
pecado;
E uma oportunidade de viver a caridade.
Pela
fé a Virgem Maria acolheu a palavra do Anjo, os apóstolos deixaram tudo para
seguir o Mestre, os discípulos formaram a primeira comunidade, os mártires
deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho, homens e mulheres
consagraram a sua vida a Deus, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica.
Somos convocados a reconhecer o Senhor Jesus,
vivo e presenta na nossa vida e na história!
Subsídios
Carta Apostólica: Porta Fidei (pela qual se
proclama o ano da Fé)
Catecismo da Igreja Católica (conhecimento
sistemático da fé)
Como celebrar?
Intensificar
a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo, confessar a fé
em Cristo nas Igrejas, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, todas as
realidades eclesiais devem encontrar uma forma de fazer publicamente profissão
do Credo, intensificar a celebração da fé na liturgia, que o testemunho dos
crentes cresça na credibilidade, pela redescoberta dos conteúdos de fé e a
reflexão sobre o próprio ato com que se crê.
Como receber Indulgências Plenárias por ocasião do Ano da Fé?
Segundo o Decreto "Urbis et Orbis",
datado de 14 de setembro passado e agora publicado pela Penitenciaria
Apostólica, são as seguintes as condições para lucrar tal indulgência plenária:
A) Cada vez que participarem em pelo menos
três momentos de pregações durante as Missões Sagradas, ou então em pelo menos
três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica,
em qualquer igreja ou lugar idóneo;
B) Cada vez que visitarem em forma de
peregrinação uma Basílica Papal, uma catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um
lugar sagrado, designado pelo Ordinário do lugar para o Ano
da fé (por
ex. entre as Basílicas Menores e os Santuários dedicados à Bem-Aventurada
Virgem Maria, aos Santos Apóstolos e aos Santos Padroeiros) e ali participar em
alguma função sagrada ou pelo menos passarem um tempo côngruo de recolhimento
com meditações piedosas, concluindo com a recitação do Pai-Nosso, a Profissão
de Fé de qualquer forma legítima, as invocações à Bem-Aventurada Virgem Maria
e, segundo o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;
C) Cada vez que, nos dias determinados pelo
Ordinário do lugar para o Ano da fé (por ex. nas solenidades do Senhor, da
Bem-Aventurada Virgem Maria, nas festas dos Santos Apóstolos e Padroeiros, na
Cátedra de São Pedro), em qualquer lugar sagrado, participarem numa solene
celebração eucarística ou na liturgia das horas, acrescentando a Profissão de
Fé de qualquer forma legítima;
D) Um dia livremente escolhido, durante o Ano
da fé, para a visita piedosa do batistério ou outro lugar, onde
receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais com
qualquer fórmula legítima.
Mônica Mariana
Missionária DMD, Coordenadora Vocacional, vocacionada ao Celibato.