Onipotente
(todo poderoso), onisciente (saber pleno), onipresente (em todas as partes): só
Deus, a súplica de Maria santíssima se dá de forma mística e eficaz, ela não
recebe, como Pedro, as chaves do céu, nem sendo enviada como os apóstolos para
percorrer o mundo pregando o evangelho. Ela não escreve o evangelho da Virgem
Maria como fazem os evangelistas, nem escreveu artigos ou livros como os
teólogos. Sua influência na igreja, do tempo dos apóstolos até hoje e por todos
os séculos que se seguiram desde então, é muito maior que dos apóstolos, papas,
teólogos e evangelizadores.
São
Luís Maria Grignion de Montfort no seu tratado da verdadeira devoção a
Santíssima Virgem, nos diz: ‘‘Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo
veio ao mundo, e é também por ela que deve reinar no mundo’’. (TVD 1)
‘‘Como se fara isso?’’
(Lc, 1,34), como foi a sua influência?
A
sua condição de Mãe de Deus e de nossa intercessora junto a Ele: como mãe,
possui as ‘‘chaves do coração de Deus’’: ‘‘Schlock’’ como intercessora, não tem
deixado de usá-las de geração em geração: ‘‘Schlock,schlock,schlock...’’
São
Luís de Montfort novamente nos assegura sobre a mediação de Maria Santíssima:
“Deus pai consentiu que jamais em sua vida Ela fizesse algum milagre, pelo
menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder
de fazê-los. Deus filho consentiu que Ela não falasse, se bem lhe houvesse
comunicado a sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e
evangelistas a Ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para
manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a esposa do Espírito Santo.
Maria é a obra-prima por excelência do altíssimo, cujo conhecimento e domínio
ele reservou para si. Maria é a mãe admirável do Filho, a quem aprouve
humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade,
tratando-a de mulher (Jo 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em
seu coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte
selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só ele pode penetrar.
Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais
magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar
seu trono sobre os Querubins e Serafins; e criatura alguma pura que seja, pode
aí penetrar sem um grande privilégio”. (TVD 4-5)
Mais
do que Pedro e Paulo, Ela sempre viveu nesta continua união perfeita com Deus
por amor. Pertenceu sempre e completamente a Deus e Deus a Ela, ‘‘Não sou eu
que vivo, mas Cristo que vive em mim’’ (Gálatas 2,20) daí sempre tratando de
obter para nós, mediante a sua intercessão, tudo aquilo que depende da vontade
e do poder de Deus: curas, libertações, bens materiais e espirituais, etc.
‘‘Todos os dias, dum extremo da terra ao
outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo prega, tudo
exalta a incomparável Maria. Os nove coros de anjos, os homens de todas as
idades, condições e religiões, os bons e os maus. Os próprios demônios são
obrigados, de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la
bem-aventurada. Vibra-nos os Céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante
dos anjos: Santa, Santa, Santa, Maria, Mãe de Deus e Virgem; e milhões e
milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação angélica: Ave,
Maria..., prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-la
obedecendo a suas ordens, São Miguel, que é o mais zeloso em render-lhe e
procurar toda a sorte de homenagens, sempre atento, para ter a honra de, à sua
palavra, prestar um serviço a algum dos seus servidores.
Toda
a Terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a
tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e
cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome. Igreja
alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há região ou país que não
possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são
curados e se obtêm todos os bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em
sua honra! Quantos institutos e ordens religiosas abrigadas sob seu nome e
proteção! Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias, e quantas religiosas e
religiosos a entoar os seus louvores, a anunciar as suas maravilhas! Não há
criancinha que, balbuciando a Ave-Maria, não a louve; mesmo os pecadores, os
mais empedernidos, conservam sempre uma centelha de confiança em Maria. Dos
próprios demônios no inferno, não há um que não a respeite, embora temendo.
Depois
disto é preciso dizer, em verdade, com os santos: de Maria nunca basta... Ainda
não se louvou, exaltou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais
louvor, respeito, amor e serviço ela merece’’. (TVD 8-10)
Maria
cheia do espírito santo e onipotência suplicante
Monsenhor
Jonas Abib, no livro Maria, a mulher de gêneses ao apocalipse, nos diz: Nossa
Senhora não é onipotente. Mas Deus a fez para nós a ‘‘onipotência suplicante’’,
porque foi ao máximo da humildade. O Senhor a fez cheia do Espírito Santo e a
constituiu a grande intercessora, a medianeira de todas as graças: A nossa ‘‘
Onipotência Suplicante, frente a Deus’’.
Onipotência
suplicante quer dizer: aquela que consegue de Deus tudo o que pede. Isso está
ou não provado nas Bodas de Caná? O próprio Jesus disse: “que queres de mim,
mulher? A minha hora ainda não chegou” (João 2,4). Não tinha chegado a hora de
Jesus. Ele era totalmente obediente ao Pai, mas realizou o milagre por causa da
intercessão de Nossa Senhora.
Em
Marcos 7,28-29: Uma Mulher veio pedir a Jesus que fosse a sua casa, porque sua
filha estava doente, possessa. O Senhor disse-lhe que não podia ir, pois havia
sido mandado pelo Pai para as ovelhas perdidas da casa de israel. Porque a
mulher era sírio-fenícia, ele não poderia deixar que o pão da mesa dos filhos
caísse para os cachorrinhos. Cristo estava dizendo: “eu tenho de obedecer ao
meu Pai. Não posso ir lá”. Mas, diante da humildade da mulher, ao lhe dizer: “É
verdade, senhor, mas debaixo da mesa, os cachorrinhos comem as migalhas dos
filhos'. Ele lhe disse: 'por causa desta palavra, vai, o demônio saiu da tua
filha”.
Mais
uma vez, com a chave da humildade, abre o coração de Deus: ‘‘Schlock’’
É
a ‘‘Onipotência da Humildade’’. Deus não resiste aos humildes. Resiste, sim,
aos soberbos. O senhor olhou a baixeza de sua serva (Lc 1,48). Maria é a
onipotência suplicante: a onipotência da humildade, que: ‘‘Schlock...’’ abre o
coração de Deus.
Nas
bodas de Caná, Jesus tinha de obedecer ao Pai: não tinha ainda chegado a sua
hora. No entanto, na hora em que a mãe falou e já foi dando ordens para os
serventes: “Sua mãe disse aos que serviam: 'fazei tudo o que ele vos disser'.
Havia lá seis talhas de pedra destinadas às purificações dos judeus; elas
continham cada uma duas ou três medidas; Jesus disse a eles: 'enchei de águas
essas talhas'; e eles encheram-nas até a borda” (Jo 2,5-7), por causa da sua
humildade, Maria conseguiu que o milagre se realizasse. Deus quer que você seja
humilde e conquiste a onipotência suplicante da Santíssima Virgem Maria: tanto
a da humildade como a da súplica.
Com
a humildade profunda, Maria Santíssima continua com as chaves do coração de
Deus ‘‘Schlock’’
‘‘Confesso com toda a igreja que Maria é uma
pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à majestade
infinita, Ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só Ele é
“aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre
independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da
Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua
glória. Basta-lhe querer para tudo fazer”. (TVD 14-15)
Digo,
entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar
suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou, é de
crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável
em sua conduta e em seus sentimentos’’.
Uma
intercessora de poucas palavras - A mulher aparece no gênese, e depois João nos
apresenta à Maria em duas ocasiões chave: em Caná e no Gólgota, e
posteriormente no apocalipse. Em ambas Jesus se dirige a Ela chamando-lhe de
"Mulher". E em ambas Maria acompanha o filho como ‘‘co-intercessora’’
e como modelo de intercessão.
"Três
dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia e achava-se a Mãe de
Jesus, também foram convidados Jesus e os seus discípulos" (João 2,1-2),
nos levando a crer que ela é quem foi convidada, é levou Jesus, pois estava na
cozinha e Ele na sala com seus discípulos.
Recordemos
a presença de Maria em nossas vidas é o melhor convite e garantia da presença
de Jesus: "Eles já não tem vinho."
Na cultura mediterrânea, a falta de vinho em uma boda constituía um desastre traduzido em uma grande vergonha para os recém-casados. Que a falta do vinho das virtudes e da obediência as leis de Deus na sua vida não sejam causas de vergonha na sua família. Ninguém, nem os noivos, nem o mordomo, ninguém havia se dado conta de tal situação. Só Maria que observava a todos com olhos de mãe.
Na cultura mediterrânea, a falta de vinho em uma boda constituía um desastre traduzido em uma grande vergonha para os recém-casados. Que a falta do vinho das virtudes e da obediência as leis de Deus na sua vida não sejam causas de vergonha na sua família. Ninguém, nem os noivos, nem o mordomo, ninguém havia se dado conta de tal situação. Só Maria que observava a todos com olhos de mãe.
“Pois
que a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça, é certo que
Nosso Senhor continua a ser, no Céu, tão filho de Maria, como o foi na terra”.
Por conseguinte, Ele conserva a submissão e obediência do mais perfeito dos
filhos para com a melhor das mães. Cuidemos, porém, de não atribuir a essa
dependência o menor abaixamento ou imperfeição em Jesus Cristo. Maria está
infinitamente abaixo de seu filho, que é Deus, e, portanto, não lhe dá ordens,
como uma mãe terrestre as dá a seu filho.
Maria,
porque está toda transformada em Deus pela graça e pela glória que, em deus,
transforma todos os santos, não pede, não quer, não faz a menor coisa contrário
à eterna e imutável vontade de Deus. Quando se lê, portanto, nos escritos de
São Bernardo, São Bernardino, São Boaventura, etc., que no céu e na terra tudo,
o próprio Deus, está submisso à Santíssima Virgem, devemos entender que a
autoridade, que Deus espontaneamente lhe conferiu, é tão grande que ela parece
ter o mesmo poder que deus, e que suas preces e rogos são tão eficazes que se
podem tomar como ordens junto de sua majestade, e ele não resiste nunca às
súplicas de Sua Mãe, porque Ela é sempre humilde e conformada à vontade divina.
Se
Moisés, pela força de sua oração, conseguiu sustar a cólera de Deus contra os
israelitas, e de tal modo que o altíssimo e infinitamente misericordioso Senhor
lhe disse que o deixasse encolerizar-se e punir aquele povo rebelde, que
devemos pensar, com muito mais razão, da prece da humilde Maria, a digna Mãe de
Deus, que tem mais poder junto da majestade divina, que as preces e
intercessões de todos os Anjos e Santos do céu e da terra?!
No
céu, Maria dá ordens aos anjos e aos bem-aventurados. Para recompensar sua
profunda humildade, Deus lhe deu o poder e a missão de povoar de santos os
tronos vazios, que os anjos apóstatas abandonaram e perderam por orgulho. É a
vontade do altíssimo, que exalta os humildes (Lc 1, 52), é que o Céu, a Terra e
o Inferno se curvem de bom ou mau grado, às ordens da humilde Maria, pois Ele a
fez soberana do Céu e da Terra, general de seus exércitos, tesoureira de suas
riquezas, dispensadora de sua graças, artífice de suas grandes maravilhas,
reparadora do gênero humano, medidora para os homens, exterminadora dos
inimigos de Deus e a fiel companheira de suas grandezas e de seus triunfos’’.
(TVD 27-28)
Nada
como o amor para aguçar a visão, não para reparar os defeitos, mas para ver as
necessidades do próximo, assim como as possibilidades de solução. Assim diz um
ditado hebreu: "como Deus não pode estar em todas as partes para atender a
todos, então criou as mães." Mas claro que Ele pode!, Mas quis as mães.
Se
observarmos tudo, em Maria, "pela ótica do coração”, descobriremos
constantemente necessidades alheias e nossas, e às vezes muito urgentes.
Algumas, nós mesmos podemos solucionar. Outras, as más, apresentamos em oração
silenciosa e intercessora diante de quem pode solucionar tudo. A intercessão é
muito mais eficaz do que ficar murmurando. Muito mais do que este gesto
habitual de levarmos as mãos à cabeça e lamentarmos, que, além de importuno, é
terrivelmente ineficaz.
Os
santos descrevem períodos de aridez, deserto, seca, noite escura... e nós
muitas vezes estamos vivendo estas fases e não notamos. Precisamos do olhar de
Maria para que, com a Sua sensibilidade de mãe nos apontar que estamos carentes
do vinho da humildade, da fé, da oração, da obediência, etc.
A intercessão de Maria
não pôde ser mais breve, a onipotência suplicante diz: "Eles já não tem
vinho”. Poucas palavras, que com profunda humildade abrem o coração de Deus!
‘‘Schlock’’.
Cinco
palavras. Nada de explicações ao ‘‘onisciente, onipotente e onipresente’’. Nada
de argumentações para convencer a quem é toda a bondade. Nada de
aconselhamentos e sugestões a quem tudo pode. A eficácia de nossa oração não
depende da lucidez de nossas argumentações nem da eloquência de nossas
palavras, nem da perfeição de nossos ritos, nem da sonoridade de nossos cantos.
Depende unicamente da nossa fé e esperança no senhor, assim como nosso amor ao
próximo, da nossa profunda humildade, ai... ‘‘Schlock’’ abre o coração de
Deus’’
Quantas
palavras desnecessárias em nossas orações pessoais e comunitárias, orações
fervorosas, em voz alta na língua dos santos, sem humidade ou verdadeira
submissão, que não abrem o coração de Deus!
Vivendo
as virtudes da virgem Maria, em especial a Fé, entraremos no diálogo dela com
Jesus. Diante das palavras de Maria, Jesus responde de forma inesperada:
"Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (João 2,4).
Maria
entendeu aquelas palavras? Provavelmente não. Mas creu. Cria e sabia que Deus
jamais permaneceria indiferente às necessidades de seus filhos. E sabia que
agrada mais a Deus as orações que fazemos ao pedir pelos pobres e necessitados,
que em nossa própria casa.
Posta à prova, a fé de
Maria cresce e se faz contagiosa. Depois disto, diz aos serventes: "fazei
o que ele vos disser” (João 2,5) e... ‘‘Schlock’’
... E a água se transformou
em vinho! ... Abriu mais uma vez o coração de Deus
Nossos
irmãos protestantes têm razão em afirmar que o único salvador é Jesus; que dele
nos vem toda a graça; que nele depositamos toda a nossa confiança. Porém erram,
sem dúvida, nossos mesmos irmãos quando daí conclui que se pode (e se deve)
prescindir de Maria. Jesus estava presente em Caná, mas o evangelho é muito
claro em mostrar que Jesus nunca haveria feito o que fez se Maria não estivesse
ali. Em quantos lugares faltam o vinho da alegria, do amor e da graça! Quantas
coisas estão ficando escassas hoje mesmo na igreja! Por que não ouvir o poder
intercessor daquela que é mãe de todos?
‘‘ O que digo absolutamente de Jesus Cristo,
digo-o também da Virgem Maria, pois Jesus Cristo, escolhendo-a para sua
companheira inseparável na vida, na morte, na glória, em seu poder no céu e na
terra, deu-lhe pela graça, relativamente à sua majestade, os mesmos direitos e
privilégios que ele possui por natureza. “Tudo que convém a Deus pela natureza,
convém a Maria pela graça”, dizem os santos. Assim, conforme este ensinamento,
pois que ambos têm a mesma vontade e o mesmo poder, têm também os mesmos
súditos, servos e escravos.
Podemos,
portanto, seguindo a opinião dos santos e de muitos doutos, dizer-nos e
fazer-nos escravos da Santíssima Virgem, para deste modo nos tornarmos mais
perfeitamente escravos de Jesus Cristo. A Santíssima Virgem é o meio de que
Nosso Senhor se serviu para vir até nós; e é o meio de que nos devemos servir
para ir a ele.
Além
disso, se a Virgem Santíssima, como já disse ,é a rainha e soberana do céu e da
terra, dizem Santo Anselmo, São Bernardo, São Boaventura – não possui ela
tantos súditos e escravos quantas criaturas existem? Não é razoável que, entre
tantos escravos por constrangimento, haja alguns por amor, que de boa vontade e
na qualidade de escravos, escolham Maria para sua soberana?
Pois
então os homens e os demônios terão seus escravos voluntários e Maria não há de
tê-los? Seria desonra para um rei se a rainha, sua companheira, não possuísse
escravos sobre os quais tivesse direito de vida e morte, pois a honra e o poder
do rei são a honra e o poder da rainha; e pode-se acreditar que Nosso Senhor, o
melhor de todos os filhos, que deu a sua mãe santíssima parte de todo o seu
poder, considere um mal ter Ela escravos?’’ (TVD 74-76)
Observemos,
enfim o que a passagem do evangelho conclui dizendo: "este foi o primeiro
milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória e os
seus discípulos creram nele.” (João 2,11).
Convidemos
Maria santíssima para a nossa festa, ela trará Jesus consigo, que se
apresentará na hora dEle na sua história, que possivelmente algumas vezes ele
mesmo que presente ainda esteja a dizer que não chegou a Sua hora, mas pela
súplica e mediação dEla, rende-se, e... ‘‘Schlock’’: dispensa a graça
necessária
Enquanto
houver intercessores como Maria, Deus continuará preparando surpresas para
nós... E seguirá crescendo a fé do povo nEle.
‘‘A onipotência suplicante da Virgem Maria, na
prática, é viver a consagração que quero revelar, é um desses segredos da
graça, desconhecido da maior parte dos cristãos, conhecidos de poucos devotos,
praticado e apreciado por um número bem diminuto.
É
muito mais perfeito, porque é mais humilde, tomar um medianeiro para nos
aproximarmos de Deus. Se nos apoiarmos sobre nossos próprios trabalhos,
habilidade e preparações, para chegar a Deus e agradar-lhe, é certo que todas
as nossas obras de justiça ficarão manchadas, peso insignificante terão junto
de Deus, para movê-lo a unir-se a nós e nos atender, pois, como acabo de demonstrar,
nosso íntimo é extremamente corrupto.
E
não foi sem razão que Ele nos deu medianeiros junto de sua majestade. Viu nossa
iniquidade e incapacidade, apiedou-se de nós, e, para dar-nos acesso às suas
misericórdias, proporcionou-nos intercessores poderosos junto de sua grandeza;
de sorte que negligenciar esses medianeiros e aproximar-se diretamente de sua
santidade sem outra recomendação é faltar ao respeito a um Deus tão alto e tão
santo; é menosprezar este Rei dos reis, como não se faria a um rei ou príncipe
da terra, do qual ninguém se aproximaria sem a recomendação de um amigo.
Nosso
Senhor é nosso advogado e medianeiro de redenção junto de Deus Pai; é por
intermédio dEle que devemos rezar com toda a igreja triunfante e militante; é
por intermédio dEle que obtemos acesso junto de sua majestade, em cuja presença
não devemos jamais aparecer, a não ser amparados e revestidos dos méritos de
Jesus Cristo.
Mas
temos necessidade de um medianeiro junto do próprio medianeiro? Será a nossa
pureza suficiente para que nos permita unir-nos diretamente a Ele, e por nós
mesmos? Não é ele deus, em tudo igual ao Pai, e, por conseguinte, o Santo dos
Santos, digno de tanto respeito como seu pai? Se Ele, por sua caridade
infinita, se constituiu nosso penhor e medianeiro junto de Deus seu pai, para
aplacá-lo e pagar-lhe o que lhe devíamos, quer isto dizer que lhe devemos menos
respeito e tomar por sua majestade e santidade?
Digamos,
pois, ousadamente, com são Bernardo, que temos necessidade de um medianeiro
junto do medianeiro por excelência, e que Maria Santíssima é a única capaz de
exercer esta função admirável. Por Ela Jesus Cristo veio a nós, e por Ela
devemos ir a Ele.
Se
receamos ir diretamente a Jesus Cristo Deus, em vista da sua grandeza infinita,
ou por causa de nossa baixeza, ou, ainda, devido aos nossos pecados, imploremos
afoitamente o auxílio e intercessão de Maria nossa Mãe; ela é boa e terna; nEla
não há severidade nem repulsa tudo nela é sublime e brilhante. Contemplando-a,
vemos nossa pura natureza.
É
tão caridosa que a ninguém repele que implore sua intercessão, ainda que seja
um pecador; pois, como dizem os santos, nunca se ouviu dizer, desde que o mundo
é mundo, que alguém que tenha recorrido à Santíssima Virgem, com confiança e
perseverança, tenha sido desamparado ou repelido. Ela é tão poderosa que jamais
foi desatendida em seus pedidos; basta-lhe apresentar-se diante de seu filho
para pedir-lhe algo, e ele só ouve o pedido para logo conceder-lhe o que ela
pede; é sempre amorosamente vencido pelo seios, pelas entranhas e pelas preces
de sua querida mãe.
Tudo
isto é tirado de São Bernardo e de São Boaventura. De acordo com suas palavras,
temos três degraus a subir para chegar a Deus: o primeiro, mais próximo de nós
e mais conforme a nossa capacidade, é Maria; o segundo é Jesus Cristo; e o
terceiro é Deus pai. Para ir a Jesus é preciso ir a Maria, pois ela é a
medianeira de intercessão. Para chegar ao Pai Eterno é preciso ir a Jesus, que
é nosso medianeiro de redenção. Ora, pela devoção que apresento, é esta a ordem
perfeitamente observada’’. (TVD 82-86)
A
Igreja Católica não se pronuncia oficialmente quanto ao dogma da Proclamação de
Maria Santíssima como medianeira entre Jesus e os homens, porem com muito zelo
apostólico quanto ao ecumenismo tanto desejado por alguns desta Imaculada
Igreja, optou-se por uma terminologia que não subtrair-se de Jesus a mediação a
Deus, mas não se dispense ou diminui-se o importante papel ativo da Virgem
Maria no projeto salvífico.
Por fim, com o
Catecismo da Igreja Católica, concluímos:
969 - "Esta
maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir
do consentimento que Ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz
resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta
aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla
intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. (...) Por
isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de
advogada, auxiliadora. Protetora, medianeira”.
970 - "A missão
materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a
mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o
salutar influxo da bem-aventurada Virgem (...) Deriva dos superabundantes méritos
de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dEla aufere
toda a sua força." "com efeito, nenhuma criatura jamais pode ser
equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor. Mas, da mesma forma que o sacerdócio
de cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo
fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas
criaturas de modos diversos, assim também a única mediação do Redentor não
exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de
uma única fonte”.
Consagra-te! E...
‘‘Schlock’’ abra as portas do coração de Deus!
BIBLIOGRAFIA:
Revista Jesus Vive e é
o Senhor, nº 284 pág. 32-33 – Fevereiro de 2002.
ABIB, Monsenhor Jonas. Maria, a Mulher do Gênesis ao Apocalipse. Canção
Nova.
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da
Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000
MONTFORT, São Luís
Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira
Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Serviço de Animação
Eucarística Mariana, 2002.
César Mariano
Fundador da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus, Coordenador Geral, Médico, Casado, 02 filhas.
Para citar esse artigo:
César Mariano
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus | MARIA, ONIPOTÊNCIA SUPLICANTE: AQUELA QUE TEM AS CHAVES DO CORAÇÃO DE DEUS
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus | MARIA, ONIPOTÊNCIA SUPLICANTE: AQUELA QUE TEM AS CHAVES DO CORAÇÃO DE DEUS
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com.br/2012/05/maria-onipotencia-suplicante-aquela-que.html
Nunca Ví tamanha BLASFEMIA contra a Salvação que Jesus nos de morrendo na cruz. ´Ninguém vai ao Pai se não for por mim´. Isso basta pra dizer que só em Jesus temos a MEDIAÇÂO dos pecados e a Salvação. ´Não há outro nome dado pelos HOMENS...´!! Jesus BASTA em minha vida, quem tem Jesus tem tudo.
ResponderExcluirSr. anônimo ou (Srª anônima) Jesus é o próprio Deus. Maria Santíssima foi escolhida por Ele , para que os cabeçudos deste mundo crescem vendo e tocando. Maria é mediadora sim, não por Ela, mas Deus que assim quis. Respeitar a mãe de Jesus é respeitar o Plano de Deus.
ExcluirCaríssimo César, sou-lhe grato pela explanação clara a respeito da onipotência replicante de Maria. Vejo ser conhecedor da Mariologia e peço humildemente que se possível, nos faça esclarecidos sobre a onipresença e onisciência de Maria, que segundo um conhecido padre, diz não ter Ela onipresença e onisciência, senão pela Graça de Deus. Então, se pela Graça tem Ela onipresença e onisciência, não seria assim pela graça, onipresente e onisciente?
ResponderExcluirMuito obrigado
Celso Soares Fonseca
e-mail: celsofonsecaf@bol.com.br
BLASFÊMIA, deveria ser o nome deste texto. ‘‘Não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim’’ (Gálatas 2,20) Quem disse isso foi Paulo e não Maria! Só mentira e engano nesse texto!
ResponderExcluirfala sério, quanta heresia.........
ResponderExcluirOu seja, uma semi-deusa..........
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