domingo, 20 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia e a Escravidão de Amor


I – Vida e Personalidade
            Rita nasceu em Roccaporena, pequeno povoado ou aldeia da Úmbria italiana, região famosa não somente pelas belezas naturais, mas por ser o berço de muitos outros santos como São Bento, Santa Escolástica, São Francisco de Assis e muitos outros. Seus pais se chamavam Antônio Lotti e Amada Ferri, foram sempre modelos de piedade, caridade, santidade, pela grande devoção a Paixão de Cristo e por promoverem a paz nas famílias, pertenciam às antigas famílias nobres de Cássia embora se dedicassem aos labores dos campos.
            A maior riqueza que receberam foi o nascimento de uma filha em virtude da idade avançada, segundo Cavalluci o primeiro biógrafo, a gravidez de Amada fora indicada em oração por um anjo (CAVALLUCI apud MAESTRO, 2012). Quanto à data do seu nascimento não há uma precisão, o sacramento do Batismo fora recebido poucos dias depois com o sacramento da Crisma (como era de costume em regiões que havia poucos sacerdotes para conceder os sacramentos), recebendo também o nome de Margherita Lotti, que mais tarde foi reduzido a Rita afetuosamente pelos próprios pais. Quanto à data da sua primeira comunhão não há indícios precisos, ao que sabe ela teria cerca de doze anos, questiona-se também o fato da mesma ser letrada ou não, bem sabemos das dificuldades de escola naquela época, provavelmente aprendeu a ler e escrever.
            Um fato marcante de sua infância ocorrido ainda nos seus primeiros meses de vida foi o de que um dia seus pais precisaram ir aos campos e tiveram que levar a criança junto, que foi deixada embaixo da sombra de uma árvore num pequeno cesto enquanto os mesmos trabalhavam, quando um grande enxame de abelhas a envolveu, as abelhas zuniam em torno de sua boca e orelhas, mas não a picavam, alguns autores dizem que depositavam gotas de mel em sua língua enquanto a criança sacodia alegremente as mãos e dava gritinhos de alegria, no mesmo instante um ceifeiro havia se ferido com seu instrumento de trabalho, e ao se dirigir ao hospital passou diante dessa cena na tentativa de salvar a criança das abelhas, espantou-as balançando as mãos, nesse mesmo momento o seu sangramento cessou e a ferida se fechou. Conta-se ainda que mais tarde essas abelhas iriam compor o cenário do mosteiro que Rita ingressaria.
            De sua criação é forçoso dizer que aprendeu o necessário sobre Jesus Cristo e a Virgem Maria, desde a sua tenra infância demonstrou ter gosto pela oração e o recolhimento, um fato interessante é que a pequena menina aos doze anos conseguiu de seus pais um cômodo particular para dedicar-se a esta prática. Personalidade serena e caráter bondoso a definiam, ao ponto que o desejo de consagrar a vida a Deus de certo era perceptível, no entanto seus pais haviam envelhecido e requeriam atenção (MAESTRO, 2012).
            Uma escolha determinaria a sua adolescência, o seguimento da vida religiosa ou obediência à vontade dos pais para que a mesma contraísse matrimônio. Com quatorze anos depois de muito rezar, pedindo a luz de Deus optou por obedecer aos pais, casando com Paulo Fernando di Mancini, ao que se consta o seu matrimônio não foi um drama como assim demonstram alguns biógrafos, Rita foi movida não pelo temor, mas pelo amor e obediência aos pais. Deus sempre ajudou a sua serva a cumprir sua vontade embora alguns biógrafos relatem Paulo Fernando como colérico, altivo e rude, beberrão e violento, o que se sabe é que o mesmo possuía um caráter humilde que o fazia reconhecer a culpa e pedir-lhe perdão por suas atitudes, sempre se considerou indigno de uma esposa tão santa.
            A vida de oração cultivada desde a infância resplandece na sua idade adulta, graças as suas súplicas mais tarde alcançaria a salvação da alma do esposo, viveram com autenticidade o matrimônio, na cumplicidade e responsabilidade para com os deveres           próprios, não deixava de realizar suas obras de caridade para com os necessitados que aprendera ainda com seus pais. Com o nascimento dos filhos relata-se que o amor para com os filhos e a esposa sucumbiu à cólera de Paulo Fernando, o primogênito recebeu o nome de João Tiago e o segundo de Paulo Maria, os mesmos foram educados segundo as virtudes cristãs, a sua fé e piedade fizeram de seu matrimônio um terreno onde a mão do próprio Deus arava aquela terra e a enchia de amor, o lar de Nazaré ao que parece era o modelo de família que Rita desejava imitar.
            Após muitos anos Paulo Fernando é assassinado brutalmente pelos seus inimigos, embora as orações de sua esposa tivessem-no modificado, o ódio presente no coração daqueles homens clamava por vingança. Ao saber da notícia, Rita se depara com o marido morto e o acolhe em seus braços, perdoa os assassinos e clama imediatamente ao Senhor que livre os seus filhos do joio da vingança. O desejo da paz que ela tanto desejava não se concretizou, pois a fúria havia se apoderado da família Mancini, que incitava os filhos da pobre viúva. A fim de zelar pela alma dos seus amados filhos suplica a Deus que os tire deste mundo antes que a perdessem pelo desejo de vingança, para que o ódio fosse dissipado de seus corações.
            Com um intervalo de apenas um ano, de causas naturais desconhecidas os filhos de Rita adoecem, como uma boa Mãe providenciou tudo que lhes fosse necessário para o bem estar físico, mas sobretudo o espiritual, fazendo com que perdoassem os assassinos de seu pai e assim morressem na paz de Deus.
            Sozinha no mundo experimenta a intensidade do amor de Deus, enfrentaria ainda contratempos com a família do seu esposo que na sede de vingança e inconformidade com a morte dos herdeiros desejavam saber o nome do assassino de Paulo Fernando, ao ponto de tomarem uma parte de seus bens por direito e abrigar-se numa humilde aldeia. Mesmo em meio às perseguições da família do esposo e da sociedade dedicasse com mais estima a oração, obras de caridade para com os pobres de modo que despontava novamente o desejo de consagrar sua vida a Deus no convento das agostinianas de Cássia.
            Desde a infância tinha acesso a forma de vida Agostiniana a qual desejava ter abraçado na juventude, porém não o fez como já citamos, o chamado de Deus é sempre arrebatador e fugaz e inflamava o coração daquela senhora. Por si mesma faz a Deus uma oferta de si mesma, para cumprir sua promessa procura o Mosteiro de Santa Maria Madalena, todavia o seu pedido de ingresso fora negado três vezes, pois as monjas não concebiam a ideia de dar o hábito a uma viúva, longe de desistir Rita se entregava as orações em meio ao pranto, humilhando-se na presença de Deus.
            Nutria devoção com toda certeza a Santíssima Virgem por meio da perfeita imitação de suas virtudes, e particularmente pelos santos: São João Batista, Santo Agostinho (pela experiência com a sua espiritualidade desde a infância), Santo Nicolau de Tolentino (santo estimado da ordem Agostiniana) e Santa Clara de Montefalco (pelo seu amor a Cristo crucificado e a Eucaristia, motivo pela qual duramente se mortificava). Contam os seus biógrafos que numa noite teve uma visão especial na qual viu São João Batista convidá-la a subir ao cume de um lugar chamado Schioppo, prontamente ela compreendeu que se tratava de um convite a uma perfeição espiritual, pôs-se a subir com ele a rocha do Schioppo. No mesmo relato conta-se que apesar do seu temor e anseio fora reconfortada por ele juntamente com Santo Agostinho e São Nicolau Tolentino, ainda conforme o relato Rita foi milagrosamente transportada ao convento por estes três santos.
            A sua admissão não era bem quista pelas monjas, porém qual não deve ter sido a surpresa das monjas ao acordar e se deparar com a viúva de Roccaporena no pátio do mosteiro, onde não havia indícios de arrombamentos nas portas? Na vida dos santos tudo foge a regra, pois é o Deus quem as faz! Este fato recebeu mais tarde o nome de “Visão”, fora recebida no convento, livre de qualquer impedimento para seguir a Cristo, admoestada sobre a regra de vida Agostiniana, foi submetida a uma prova de obediência por parte da Madre Superiora que lhe ordenou que regasse um talo seco, que viraria por milagre divino uma linda videira.
            Tinha cerca de 36 anos quando ingressou no Mosteiro tendo sempre em mente a Palavra de Deus e a regra de Santo Agostinho, após três anos professou definitivamente os votos de castidade, pobreza e obediência. Bem sabemos de sua grande devoção a Paixão de Cristo, porém um fato selaria tal devoção, de livre vontade ofereceu-se como vítima para sofrer as dores da paixão do Senhor, sofrer com Ele... Um dia enquanto rezava diante de um crucifixo rogando ao Senhor que lhe concedesse uma mínima parcela de seu sofrimento, um espinho da coroa de Jesus feriu a sua fronte de tal modo que a chaga permaneceu impressa e incurável até a sua morte, de modo que a ferida tornou-se um estigma. Uma única vez suplicou ao Senhor que retirasse aquela chaga quando teria que ir até Roma peregrinar com as outras irmãs, nesta visita conta-se que a ela recebeu a Unção dos Enfermos. A fétida ferida era a recompensa para esta serva de Deus que desejou sempre sofrer com Cristo, a chaga permaneceu cerca quinze anos.
            Com idade avançada e por possuir uma ferida que não cicatrizava ficou isolada numa cela, saindo poucas vezes, de quarto, sua morte segundo o relato de suas irmãs de clausura fora anunciada por Jesus e a Virgem Santíssima que lhe apareciam em êxtase. Novamente um fato chama a atenção pelo prodigioso caráter da ação de Deus: Era inverno e uma parenta visitava a santa quando a mesma pediu uma flor, a visita mesmo sem entender para ser gentil não hesitou em fazê-la, para sua surpresa deparou-se com uma única rosa no jardim.
Quatro anos se passam e a situação de saúde se agravava, no feliz dia de sua despedida deste mundo segundo relatos a santa pediu perdão às outras monjas pelos incômodos causados pelo seu estado de saúde, recebeu uma última benção e entrou em silêncio profundo, aos 76 anos pode enfim contemplar a alegria infinita, no dia 22 de maio de 1457. Sabe-se que pela condição de saúde pouco se alimentava, a não ser da Eucaristia.


II – Vivência da Escravidão de Amor
            Rita foi educada na fé católica como já dissemos antes, inúmeros são os relatos de experiências com a Virgem Maria que comprovam a devoção por ela nutrida: quando criança fora ensinada a mandar beijos para as sagradas imagens da Imaculada, tentava a todo custo espelhar-se na família de Nazaré na condução de sua própria família, como Nossa Senhora souber suportar a dor da perda de alguém amado (filhos e marido), mas, sobretudo a imitação das virtudes da Santa Mãe de Deus um fato determinante em sua vida, a principal característica de sua espiritualidade é o espírito de mortificação e oração, a qual ela empregara a maior parte do seu tempo para estas práticas, à oblação de sua obediência a vontade do Senhor, a fé ilimitada nas promessas, a caridade para com os pobres e necessitados, o zelo para com o projeto de Deus.
            Se a essência da Escravidão de amor é a entrega total a Jesus por meio da Virgem Maria, numa relação de filiação e imitação daquilo que é agradável ao Senhor, verdadeiramente a Santa de Cássia também viveu a total consagração de si, pela via das virtudes de Nossa Senhora, e o fato de seu corpo se manter incorrupto eleva tanto a pureza que vivenciou quanto as bem-aventuranças a exemplo da Mãe do Amor.

III – Devoção a Santa Rita
            O processo de beatificação iniciou quase dois séculos depois de sua morte, no dia 08 de setembro de 1619 pelo Papa Urbano VIII, porém só chegaram a conclusão em 1900 no pontificado de Leão XIII, algumas correntes afirmam que pelo fato de ter morrido em odor de santidade o povo já a cultuava como bem-aventurada, antes da canonização. Aclamada como santa das causas impossíveis por causa dos milagres obtidos por sua intercessão, sua fama logo se espalhou pela Europa e América Latina. De maneira bem particular recebe o título de Madrinha dos sertões na região do Trairi, no estado do Rio Grande do Norte, com devoção especialíssima na cidade de Santa Cruz.
            O seu biógrafo mais antigo relata quarenta e seis milagres obtidos por sua intercessão dentre eles o que resultaram na sua canonização foram:
1.      O Perfume que exalava de seu túmulo – fenômeno que chamou muita atenção, pois não havia uma explicação lógica para este fato;
2.      Cura da cegueira irreversível de uma menina;
3.      Cura de uma inflamação gastrointestinal de um idoso.
O importante é sabermos que é o Bom Deus que opera tudo em todos por meio de Cristo e se utiliza das causas segundas (criadas por Ele) a seu gosto e modo, para operar os mais diversos e prodigiosos milagres.
O Beato João Paulo II em seu pontificado no centenário da canonização de Santa Rita se pronunciou sobre a bela vocação: “Rita foi reconhecida santa não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa normalidade da existência cotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”.
Santa Rita de Cássia, rogai por nós!
BIBLIOGRAFIA
MAESTRO, Jesús Alvarez. Santa Rita de Cássia/ Jesús Alvarez Maestro: [tradução Paulo F. Valério]. São Paulo: Paulinas, 2012. – (Coleção dom e graça)
MARCHI, Monsenhor Luís de. Santa Rita de Cássia. São Paulo: Paulus, 2009.



Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.



Para citar esse artigo:

Mônica Mariana
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus | SANTA RITA DE CÁSSIA E A ESCRAVIDÃO DE AMOR
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com.br/2012/05/santa-rita-de-cassia-e-escravidao-de.html


terça-feira, 15 de maio de 2012

Maria, Onipotência Suplicante: Aquela que tem as chaves do coração de Deus




Onipotente (todo poderoso), onisciente (saber pleno), onipresente (em todas as partes): só Deus, a súplica de Maria santíssima se dá de forma mística e eficaz, ela não recebe, como Pedro, as chaves do céu, nem sendo enviada como os apóstolos para percorrer o mundo pregando o evangelho. Ela não escreve o evangelho da Virgem Maria como fazem os evangelistas, nem escreveu artigos ou livros como os teólogos. Sua influência na igreja, do tempo dos apóstolos até hoje e por todos os séculos que se seguiram desde então, é muito maior que dos apóstolos, papas, teólogos e evangelizadores.
São Luís Maria Grignion de Montfort no seu tratado da verdadeira devoção a Santíssima Virgem, nos diz: ‘‘Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por ela que deve reinar no mundo’’. (TVD 1)
‘‘Como se fara isso?’’ (Lc, 1,34), como foi a sua influência?
A sua condição de Mãe de Deus e de nossa intercessora junto a Ele: como mãe, possui as ‘‘chaves do coração de Deus’’: ‘‘Schlock’’ como intercessora, não tem deixado de usá-las de geração em geração: ‘‘Schlock,schlock,schlock...’’
São Luís de Montfort novamente nos assegura sobre a mediação de Maria Santíssima: “Deus pai consentiu que jamais em sua vida Ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los. Deus filho consentiu que Ela não falasse, se bem lhe houvesse comunicado a sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a Ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a esposa do Espírito Santo. Maria é a obra-prima por excelência do altíssimo, cujo conhecimento e domínio ele reservou para si. Maria é a mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher (Jo 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em seu coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os Querubins e Serafins; e criatura alguma pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio”. (TVD 4-5)
Mais do que Pedro e Paulo, Ela sempre viveu nesta continua união perfeita com Deus por amor. Pertenceu sempre e completamente a Deus e Deus a Ela, ‘‘Não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim’’ (Gálatas 2,20) daí sempre tratando de obter para nós, mediante a sua intercessão, tudo aquilo que depende da vontade e do poder de Deus: curas, libertações, bens materiais e espirituais, etc.

 ‘‘Todos os dias, dum extremo da terra ao outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo prega, tudo exalta a incomparável Maria. Os nove coros de anjos, os homens de todas as idades, condições e religiões, os bons e os maus. Os próprios demônios são obrigados, de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la bem-aventurada. Vibra-nos os Céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Santa, Santa, Santa, Maria, Mãe de Deus e Virgem; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação angélica: Ave, Maria..., prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-la obedecendo a suas ordens, São Miguel, que é o mais zeloso em render-lhe e procurar toda a sorte de homenagens, sempre atento, para ter a honra de, à sua palavra, prestar um serviço a algum dos seus servidores.
Toda a Terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome. Igreja alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há região ou país que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em sua honra! Quantos institutos e ordens religiosas abrigadas sob seu nome e proteção! Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias, e quantas religiosas e religiosos a entoar os seus louvores, a anunciar as suas maravilhas! Não há criancinha que, balbuciando a Ave-Maria, não a louve; mesmo os pecadores, os mais empedernidos, conservam sempre uma centelha de confiança em Maria. Dos próprios demônios no inferno, não há um que não a respeite, embora temendo.
Depois disto é preciso dizer, em verdade, com os santos: de Maria nunca basta... Ainda não se louvou, exaltou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais louvor, respeito, amor e serviço ela merece’’. (TVD 8-10)

Maria cheia do espírito santo e onipotência suplicante
Monsenhor Jonas Abib, no livro Maria, a mulher de gêneses ao apocalipse, nos diz: Nossa Senhora não é onipotente. Mas Deus a fez para nós a ‘‘onipotência suplicante’’, porque foi ao máximo da humildade. O Senhor a fez cheia do Espírito Santo e a constituiu a grande intercessora, a medianeira de todas as graças: A nossa ‘‘ Onipotência Suplicante, frente a Deus’’.
Onipotência suplicante quer dizer: aquela que consegue de Deus tudo o que pede. Isso está ou não provado nas Bodas de Caná? O próprio Jesus disse: “que queres de mim, mulher? A minha hora ainda não chegou” (João 2,4). Não tinha chegado a hora de Jesus. Ele era totalmente obediente ao Pai, mas realizou o milagre por causa da intercessão de Nossa Senhora.
Em Marcos 7,28-29: Uma Mulher veio pedir a Jesus que fosse a sua casa, porque sua filha estava doente, possessa. O Senhor disse-lhe que não podia ir, pois havia sido mandado pelo Pai para as ovelhas perdidas da casa de israel. Porque a mulher era sírio-fenícia, ele não poderia deixar que o pão da mesa dos filhos caísse para os cachorrinhos. Cristo estava dizendo: “eu tenho de obedecer ao meu Pai. Não posso ir lá”. Mas, diante da humildade da mulher, ao lhe dizer: “É verdade, senhor, mas debaixo da mesa, os cachorrinhos comem as migalhas dos filhos'. Ele lhe disse: 'por causa desta palavra, vai, o demônio saiu da tua filha”.
Mais uma vez, com a chave da humildade, abre o coração de Deus: ‘‘Schlock’’
É a ‘‘Onipotência da Humildade’’. Deus não resiste aos humildes. Resiste, sim, aos soberbos. O senhor olhou a baixeza de sua serva (Lc 1,48). Maria é a onipotência suplicante: a onipotência da humildade, que: ‘‘Schlock...’’ abre o coração de Deus.
Nas bodas de Caná, Jesus tinha de obedecer ao Pai: não tinha ainda chegado a sua hora. No entanto, na hora em que a mãe falou e já foi dando ordens para os serventes: “Sua mãe disse aos que serviam: 'fazei tudo o que ele vos disser'. Havia lá seis talhas de pedra destinadas às purificações dos judeus; elas continham cada uma duas ou três medidas; Jesus disse a eles: 'enchei de águas essas talhas'; e eles encheram-nas até a borda” (Jo 2,5-7), por causa da sua humildade, Maria conseguiu que o milagre se realizasse. Deus quer que você seja humilde e conquiste a onipotência suplicante da Santíssima Virgem Maria: tanto a da humildade como a da súplica.
Com a humildade profunda, Maria Santíssima continua com as chaves do coração de Deus ‘‘Schlock’’
 ‘‘Confesso com toda a igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à majestade infinita, Ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só Ele é “aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer”. (TVD 14-15)
Digo, entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos’’.
Uma intercessora de poucas palavras - A mulher aparece no gênese, e depois João nos apresenta à Maria em duas ocasiões chave: em Caná e no Gólgota, e posteriormente no apocalipse. Em ambas Jesus se dirige a Ela chamando-lhe de "Mulher". E em ambas Maria acompanha o filho como ‘‘co-intercessora’’ e como modelo de intercessão.
"Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia e achava-se a Mãe de Jesus, também foram convidados Jesus e os seus discípulos" (João 2,1-2), nos levando a crer que ela é quem foi convidada, é levou Jesus, pois estava na cozinha e Ele na sala com seus discípulos.
Recordemos a presença de Maria em nossas vidas é o melhor convite e garantia da presença de Jesus: "Eles já não tem vinho."
Na cultura mediterrânea, a falta de vinho em uma boda constituía um desastre traduzido em uma grande vergonha para os recém-casados.  Que a falta do vinho das virtudes e da obediência as leis de Deus na sua vida não sejam causas de vergonha na sua família. Ninguém, nem os noivos, nem o mordomo, ninguém havia se dado conta de tal situação. Só Maria que observava a todos com olhos de mãe.
“Pois que a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça, é certo que Nosso Senhor continua a ser, no Céu, tão filho de Maria, como o foi na terra”. Por conseguinte, Ele conserva a submissão e obediência do mais perfeito dos filhos para com a melhor das mães. Cuidemos, porém, de não atribuir a essa dependência o menor abaixamento ou imperfeição em Jesus Cristo. Maria está infinitamente abaixo de seu filho, que é Deus, e, portanto, não lhe dá ordens, como uma mãe terrestre as dá a seu filho.
Maria, porque está toda transformada em Deus pela graça e pela glória que, em deus, transforma todos os santos, não pede, não quer, não faz a menor coisa contrário à eterna e imutável vontade de Deus. Quando se lê, portanto, nos escritos de São Bernardo, São Bernardino, São Boaventura, etc., que no céu e na terra tudo, o próprio Deus, está submisso à Santíssima Virgem, devemos entender que a autoridade, que Deus espontaneamente lhe conferiu, é tão grande que ela parece ter o mesmo poder que deus, e que suas preces e rogos são tão eficazes que se podem tomar como ordens junto de sua majestade, e ele não resiste nunca às súplicas de Sua Mãe, porque Ela é sempre humilde e conformada à vontade divina.
Se Moisés, pela força de sua oração, conseguiu sustar a cólera de Deus contra os israelitas, e de tal modo que o altíssimo e infinitamente misericordioso Senhor lhe disse que o deixasse encolerizar-se e punir aquele povo rebelde, que devemos pensar, com muito mais razão, da prece da humilde Maria, a digna Mãe de Deus, que tem mais poder junto da majestade divina, que as preces e intercessões de todos os Anjos e Santos do céu e da terra?!
No céu, Maria dá ordens aos anjos e aos bem-aventurados. Para recompensar sua profunda humildade, Deus lhe deu o poder e a missão de povoar de santos os tronos vazios, que os anjos apóstatas abandonaram e perderam por orgulho. É a vontade do altíssimo, que exalta os humildes (Lc 1, 52), é que o Céu, a Terra e o Inferno se curvem de bom ou mau grado, às ordens da humilde Maria, pois Ele a fez soberana do Céu e da Terra, general de seus exércitos, tesoureira de suas riquezas, dispensadora de sua graças, artífice de suas grandes maravilhas, reparadora do gênero humano, medidora para os homens, exterminadora dos inimigos de Deus e a fiel companheira de suas grandezas e de seus triunfos’’. (TVD 27-28)
Nada como o amor para aguçar a visão, não para reparar os defeitos, mas para ver as necessidades do próximo, assim como as possibilidades de solução. Assim diz um ditado hebreu: "como Deus não pode estar em todas as partes para atender a todos, então criou as mães." Mas claro que Ele pode!, Mas quis as mães.
Se observarmos tudo, em Maria, "pela ótica do coração”, descobriremos constantemente necessidades alheias e nossas, e às vezes muito urgentes. Algumas, nós mesmos podemos solucionar. Outras, as más, apresentamos em oração silenciosa e intercessora diante de quem pode solucionar tudo. A intercessão é muito mais eficaz do que ficar murmurando. Muito mais do que este gesto habitual de levarmos as mãos à cabeça e lamentarmos, que, além de importuno, é terrivelmente ineficaz.
Os santos descrevem períodos de aridez, deserto, seca, noite escura... e nós muitas vezes estamos vivendo estas fases e não notamos. Precisamos do olhar de Maria para que, com a Sua sensibilidade de mãe nos apontar que estamos carentes do vinho da humildade, da fé, da oração, da obediência, etc.
A intercessão de Maria não pôde ser mais breve, a onipotência suplicante diz: "Eles já não tem vinho”. Poucas palavras, que com profunda humildade abrem o coração de Deus! ‘‘Schlock’’.
Cinco palavras. Nada de explicações ao ‘‘onisciente, onipotente e onipresente’’. Nada de argumentações para convencer a quem é toda a bondade. Nada de aconselhamentos e sugestões a quem tudo pode. A eficácia de nossa oração não depende da lucidez de nossas argumentações nem da eloquência de nossas palavras, nem da perfeição de nossos ritos, nem da sonoridade de nossos cantos. Depende unicamente da nossa fé e esperança no senhor, assim como nosso amor ao próximo, da nossa profunda humildade, ai... ‘‘Schlock’’ abre o coração de Deus’’
Quantas palavras desnecessárias em nossas orações pessoais e comunitárias, orações fervorosas, em voz alta na língua dos santos, sem humidade ou verdadeira submissão, que não abrem o coração de Deus!
Vivendo as virtudes da virgem Maria, em especial a Fé, entraremos no diálogo dela com Jesus. Diante das palavras de Maria, Jesus responde de forma inesperada: "Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (João 2,4).
Maria entendeu aquelas palavras? Provavelmente não. Mas creu. Cria e sabia que Deus jamais permaneceria indiferente às necessidades de seus filhos. E sabia que agrada mais a Deus as orações que fazemos ao pedir pelos pobres e necessitados, que em nossa própria casa.
Posta à prova, a fé de Maria cresce e se faz contagiosa. Depois disto, diz aos serventes: "fazei o que ele vos disser” (João 2,5) e... ‘‘Schlock’’
... E a água se transformou em vinho! ... Abriu mais uma vez o coração de Deus
Nossos irmãos protestantes têm razão em afirmar que o único salvador é Jesus; que dele nos vem toda a graça; que nele depositamos toda a nossa confiança. Porém erram, sem dúvida, nossos mesmos irmãos quando daí conclui que se pode (e se deve) prescindir de Maria. Jesus estava presente em Caná, mas o evangelho é muito claro em mostrar que Jesus nunca haveria feito o que fez se Maria não estivesse ali. Em quantos lugares faltam o vinho da alegria, do amor e da graça! Quantas coisas estão ficando escassas hoje mesmo na igreja! Por que não ouvir o poder intercessor daquela que é mãe de todos?
 ‘‘ O que digo absolutamente de Jesus Cristo, digo-o também da Virgem Maria, pois Jesus Cristo, escolhendo-a para sua companheira inseparável na vida, na morte, na glória, em seu poder no céu e na terra, deu-lhe pela graça, relativamente à sua majestade, os mesmos direitos e privilégios que ele possui por natureza. “Tudo que convém a Deus pela natureza, convém a Maria pela graça”, dizem os santos. Assim, conforme este ensinamento, pois que ambos têm a mesma vontade e o mesmo poder, têm também os mesmos súditos, servos e escravos.
Podemos, portanto, seguindo a opinião dos santos e de muitos doutos, dizer-nos e fazer-nos escravos da Santíssima Virgem, para deste modo nos tornarmos mais perfeitamente escravos de Jesus Cristo. A Santíssima Virgem é o meio de que Nosso Senhor se serviu para vir até nós; e é o meio de que nos devemos servir para ir a ele.
Além disso, se a Virgem Santíssima, como já disse ,é a rainha e soberana do céu e da terra, dizem Santo Anselmo, São Bernardo, São Boaventura – não possui ela tantos súditos e escravos quantas criaturas existem? Não é razoável que, entre tantos escravos por constrangimento, haja alguns por amor, que de boa vontade e na qualidade de escravos, escolham Maria para sua soberana?
Pois então os homens e os demônios terão seus escravos voluntários e Maria não há de tê-los? Seria desonra para um rei se a rainha, sua companheira, não possuísse escravos sobre os quais tivesse direito de vida e morte, pois a honra e o poder do rei são a honra e o poder da rainha; e pode-se acreditar que Nosso Senhor, o melhor de todos os filhos, que deu a sua mãe santíssima parte de todo o seu poder, considere um mal ter Ela escravos?’’ (TVD 74-76)
Observemos, enfim o que a passagem do evangelho conclui dizendo: "este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.” (João 2,11).
Convidemos Maria santíssima para a nossa festa, ela trará Jesus consigo, que se apresentará na hora dEle na sua história, que possivelmente algumas vezes ele mesmo que presente ainda esteja a dizer que não chegou a Sua hora, mas pela súplica e mediação dEla, rende-se, e... ‘‘Schlock’’: dispensa a graça necessária
Enquanto houver intercessores como Maria, Deus continuará preparando surpresas para nós... E seguirá crescendo a fé do povo nEle.
 ‘‘A onipotência suplicante da Virgem Maria, na prática, é viver a consagração que quero revelar, é um desses segredos da graça, desconhecido da maior parte dos cristãos, conhecidos de poucos devotos, praticado e apreciado por um número bem diminuto.
É muito mais perfeito, porque é mais humilde, tomar um medianeiro para nos aproximarmos de Deus. Se nos apoiarmos sobre nossos próprios trabalhos, habilidade e preparações, para chegar a Deus e agradar-lhe, é certo que todas as nossas obras de justiça ficarão manchadas, peso insignificante terão junto de Deus, para movê-lo a unir-se a nós e nos atender, pois, como acabo de demonstrar, nosso íntimo é extremamente corrupto.
E não foi sem razão que Ele nos deu medianeiros junto de sua majestade. Viu nossa iniquidade e incapacidade, apiedou-se de nós, e, para dar-nos acesso às suas misericórdias, proporcionou-nos intercessores poderosos junto de sua grandeza; de sorte que negligenciar esses medianeiros e aproximar-se diretamente de sua santidade sem outra recomendação é faltar ao respeito a um Deus tão alto e tão santo; é menosprezar este Rei dos reis, como não se faria a um rei ou príncipe da terra, do qual ninguém se aproximaria sem a recomendação de um amigo.
Nosso Senhor é nosso advogado e medianeiro de redenção junto de Deus Pai; é por intermédio dEle que devemos rezar com toda a igreja triunfante e militante; é por intermédio dEle que obtemos acesso junto de sua majestade, em cuja presença não devemos jamais aparecer, a não ser amparados e revestidos dos méritos de Jesus Cristo.
Mas temos necessidade de um medianeiro junto do próprio medianeiro? Será a nossa pureza suficiente para que nos permita unir-nos diretamente a Ele, e por nós mesmos? Não é ele deus, em tudo igual ao Pai, e, por conseguinte, o Santo dos Santos, digno de tanto respeito como seu pai? Se Ele, por sua caridade infinita, se constituiu nosso penhor e medianeiro junto de Deus seu pai, para aplacá-lo e pagar-lhe o que lhe devíamos, quer isto dizer que lhe devemos menos respeito e tomar por sua majestade e santidade?
Digamos, pois, ousadamente, com são Bernardo, que temos necessidade de um medianeiro junto do medianeiro por excelência, e que Maria Santíssima é a única capaz de exercer esta função admirável. Por Ela Jesus Cristo veio a nós, e por Ela devemos ir a Ele.
Se receamos ir diretamente a Jesus Cristo Deus, em vista da sua grandeza infinita, ou por causa de nossa baixeza, ou, ainda, devido aos nossos pecados, imploremos afoitamente o auxílio e intercessão de Maria nossa Mãe; ela é boa e terna; nEla não há severidade nem repulsa tudo nela é sublime e brilhante. Contemplando-a, vemos nossa pura natureza.
É tão caridosa que a ninguém repele que implore sua intercessão, ainda que seja um pecador; pois, como dizem os santos, nunca se ouviu dizer, desde que o mundo é mundo, que alguém que tenha recorrido à Santíssima Virgem, com confiança e perseverança, tenha sido desamparado ou repelido. Ela é tão poderosa que jamais foi desatendida em seus pedidos; basta-lhe apresentar-se diante de seu filho para pedir-lhe algo, e ele só ouve o pedido para logo conceder-lhe o que ela pede; é sempre amorosamente vencido pelo seios, pelas entranhas e pelas preces de sua querida mãe.
Tudo isto é tirado de São Bernardo e de São Boaventura. De acordo com suas palavras, temos três degraus a subir para chegar a Deus: o primeiro, mais próximo de nós e mais conforme a nossa capacidade, é Maria; o segundo é Jesus Cristo; e o terceiro é Deus pai. Para ir a Jesus é preciso ir a Maria, pois ela é a medianeira de intercessão. Para chegar ao Pai Eterno é preciso ir a Jesus, que é nosso medianeiro de redenção. Ora, pela devoção que apresento, é esta a ordem perfeitamente observada’’. (TVD 82-86)
A Igreja Católica não se pronuncia oficialmente quanto ao dogma da Proclamação de Maria Santíssima como medianeira entre Jesus e os homens, porem com muito zelo apostólico quanto ao ecumenismo tanto desejado por alguns desta Imaculada Igreja, optou-se por uma terminologia que não subtrair-se de Jesus a mediação a Deus, mas não se dispense ou diminui-se o importante papel ativo da Virgem Maria no projeto salvífico. 
Por fim, com o Catecismo da Igreja Católica, concluímos:
969 - "Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que Ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. (...) Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora. Protetora, medianeira”.
970 - "A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem (...) Deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dEla aufere toda a sua força." "com efeito, nenhuma criatura jamais pode ser equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor. Mas, da mesma forma que o sacerdócio de cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de modos diversos, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de uma única fonte”.

Consagra-te! E... ‘‘Schlock’’ abra as portas do coração de Deus!  


BIBLIOGRAFIA:
Revista Jesus Vive e é o Senhor, nº 284 pág. 32-33 – Fevereiro de 2002.
ABIB, Monsenhor Jonas. Maria, a Mulher do Gênesis ao Apocalipse. Canção Nova.
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Serviço de Animação Eucarística Mariana, 2002.




César Mariano

Fundador da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus, Coordenador Geral, Médico, Casado, 02 filhas.






Para citar esse artigo:
César Mariano
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus | MARIA, ONIPOTÊNCIA SUPLICANTE: AQUELA QUE TEM AS CHAVES  DO CORAÇÃO DE DEUS
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