segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Sacerdócio na Vocação Discípulos da Mãe de Deus


“O sacramento da ordem comunica “um poder sagrado” que é o próprio poder de Cristo. O exercício desta autoridade deve, pois, ser medido pelo modelo de Cristo que, por amor, se fez o último e servo de todos”. (CIC 1551)

            Os sacerdotes são os filhos prediletos da Santíssima Virgem Maria, por este exímio título e pela participação no sacerdócio real de Cristo, para se tornarem membros da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus devem entregar suas vidas ao patrocínio da Imaculada, para que Ela os guarde e os gera diariamente para a vida de Cristo.

            Aos sacerdotes que desejam viver o carisma será proporcionada a vivência do zelo, da doação total e a busca pela perfeição do seu ministério, para que sejam exemplos nas normas da Igreja à exemplo da Mãe da Igreja. Estes podem aspirar à vivência da vocação na forma de comunidade de vida ou aliança, tendo tratamento especial e diferenciado, no envolvimento dos diversos ministérios e serviços da comunidade, seja no auxílio na Formação ou na dispensa dos Sacramentos, como também estarão a serviço da diocese local.

            Tendo como exemplos os nossos Baluartes de nossa vocação: São João Maria Vianney, o Cura D’ars se esforçando por imitar o seu exemplo de serviço, doação, amor e dependência para com aquela que Ele saudava todos os dias, a Imaculada Conceição; São Luís Maria Grignion de Montfort por sua total entrega e submissão a Mãe de Deus, seu amor as cruzes e obediência a Santa Igreja; São Simão Stock “o Amado da Flor do Carmelo”, a prefiguração do Discípulo Amado, na devoção e no amor filial para com a Bela Senhora.

E Com a Virgem Maria empreenderão grandes coisas pelo Reino de Deus e da Augustíssima Senhora e pela salvação das almas predestinadas!




Mônica Mariana

Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.






Para citar esse artigo:
Mônica Mariana - "O Sacerdócio na Vocação Discípulos da Mãe de Deus".
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/08/o-sacerdocio-na-vocacao-discipulos-da.html
Online, 22/08/2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Celibato: Um chamado de Deus, um dom do Espírito, uma resposta minha


Quem nunca sentiu uma chama arder nas entranhas ao meditar no Evangelho de são Marcos “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças.”( Mc 12,30)? Que grandioso convite Deus nos instiga, através do evangelista.
Quantas vezes a sociedade julga esse dom tão belo apenas como renúncia ao envolvimento sexual. Ser celibatário não é apenas abster-se de um relacionamento afetivo-sexual com um semelhante do sexo oposto. É canalizar toda essa potência de amor e doação, que todos naturalmente nasceram capacitados, ao serviço de Deus e da humanidade. Devendo esse amor que não nasce "nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus" (Jo 1,13) ser vivido de uma forma totalitária e "sem distinção de pessoas," (At 10,34).
Esse chamado especial de amar não deve ser expressado partindo de nossa limitação humana, pecadora e infiel. Mas, chamados a amar com o coração e a liberdade de Deus, amando a todas as pessoas sem ligar-se a nenhuma e sem excluir alguma, não agindo com critérios de simpatia ou afeto. A exemplo do próprio Jesus, amar aqueles que mais eram julgados de não serem dignos de amor.
Consciente do papel diferenciado que é chamado na sociedade, o celibatário deve amar em particular quem é mais tentado a não se sentir amável ou quem realmente não é amado.
O que vivifica a vocação é o amor. Como “todo” amor, o que move primariamente a vocação não é a renúncia a instintos e tentações, muito menos dizer não a experiência de amar e ser amado. Também não nasce de um desejo e pretensão de perfeição ou de uma imposição doutrinária e canônica. Muito menos de uma imposição interna como medo do outro sexo, desengano de relacionamentos anteriores ou fuga da homossexualidade. A escolha em atender ao chamado de Deus pelo celibato, em vista do Reino, consiste no amor, tem sua fonte e fim no amar.
Descobrir a beleza Daquele a quem contemplamos como nosso Pai, Senhor, Salvador e Amado e experimentar a potência da minha capacidade de amar sem medidas, quando amo com o seu coração é a água de nosso chamado. Água essa que nutre quando se há aridez, purifica quando se há sujeira em enxergar e rega quando se deseja crescer.
O Amado de nossa vocação é Deus e tudo que Ele leva consigo. Espiritualmente podemos citar: a Eucaristia sendo vivenciada como memorial vivo da Paixão e Ressurreição de Nosso Senhor, celebrado pela Igreja Universal. O respeito e incentivo às devoções populares (coerentes com a sã doutrina) que o povo simples de Deus tributa ao Senhor com amor e fervor. A oração pessoal como momento de intimidade com o Esposo. Vivendo e buscando conformidade com o agir de Deus, fazendo tudo por, para, com e em Maria Santíssima.
            Contudo, o amor divino e humano não se rivaliza ou rompe-se, pois o objeto de nosso amor é também o próximo. Principalmente o próximo que o Senhor confiou aos nossos cuidados: àqueles que desejam consagrarem-se a Jesus pelas mãos da Virgem Maria, as crianças e jovens catequizados por nosso Carisma e ao Clero que somos chamados não apenas a rezar mas a exortar a sua adoção espiritual.
            Brota de nosso coração a dúvida de como amar. Podemos afirmar que amar com totalidade é amar a Deus com o coração humano e amar a Criatura com afeição divina. Amar com nosso coração de carne educado pela liberdade de Deus a amar com a Sua altura, largura e intensidade. Como Jesus e a Virgem Maria na Cruz, que amaram a Deus acima de tudo e o homem distante de Deus com o pecado.
É certo que a renúncia aos laços definitivos e exclusivos com qualquer criatura é renunciado ao abraçar o amor de Deus com o coração pleno. Não preferindo e nem excluindo por instinto, espontânea atração e nem interesse pessoal. Mas essa renúncia em vista d’Aquele que será abraçado, parece-nos suave e necessária para que alarguem-nos os braços a fim de estar abraçando ainda nesta terra o que havemos de  desfrutar e adentrar plenamente no Céu.
Esposo(a) do Eterno, olhai e vede quão suave é o Senhor! E toda a figura desse amor terreno perderá seu brilho e com os olhos além do horizonte dessa vida já podereis vislumbrar as núpcias com Aquele que nosso coração ama e busca sem cessar(Ct 3,1).
Ó Virgem Maria, Esposa das esposas, ensinai-nos o querer do Amado e ajudai-nos a empreender tudo para a sua plena realização. Guardai-nos santos, imaculados e irrepreensíveis aos olhos do Pai a fim de que sejamos receptáculo e dispenseiros desse amor à humanidade. Abrasai-nos com as chamas de Vosso Coração Imaculado e inflamai-nos com a Vossa caridade ardente. Dai-nos uma fé pura e uma esperança firme nas promessas da eternidade para que ainda nesta terra cantemos um cântico novo ao Senhor. Ó Mãe Fiel, sendo Vós o nosso modelo, orientai a nossa vida para que sejam oferecidas como primícias ao Cordeiro. Amém!


 


Isabelle de Maria

Consagrada a Nossa Senhora.






Para citar esse artigo:
Isabelle de Maria - "Celibato: Um chamado de Deus, um dom do Espírito, uma resposta minha"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
 http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/08/celibato-um-chamado-de-deus-um-dom-do.html
Online, 13/08/2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Riquezas do Matrimônio


             
“O consentimento pelo qual os esposos se entregam e se acolhem mutuamente é selado pelo próprio Deus. A aliança dos esposos é integrada na aliança de Deus com os homens: ‘O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino” (CIC, 1639).
            A união entre homem e mulher, como nos orienta nossa Santa Mãe Igreja, não é mera instituição humana, mas designa a própria vontade divina, pois nasceu do coração do próprio Deus. Selado pelo próprio Salvador, esse sacramento é indissolúvel, fonte inexprimível de bênçãos, e caminho de santificação para o casal.
            O Sacramento do matrimônio é ainda, um tesouro de riquezas insondáveis, que exprime de maneira perfeita a união de Cristo com a Igreja, por isso os casais devem se amar tal como o Senhor amou a Sua Esposa e se entregou por Ela, sendo a aliança entre eles indissolúvel, também o matrimônio o é. Esse é, portanto, o grande mistério do amor conjugal: prefigurar o amor imaculado e indissolúvel de Deus pelo Seu povo! (Cf. Ml 2,14; Ef 5, 21-33).
            Tendo em vista a beleza que é esse Sacramento, não podemos nos deixar levar pela concepção errônea que o mundo tenta difundir, utilizando-se, sobretudo, das novelas, filmes e programas para deturpar o seu real sentido. É preciso combater a falsa visão de que o sexo pode ser vivido no tempo do namoro, ou ainda, que o casamento existe pelo simples fato de “morar junto”. Muitos jovens pensam que casar é “ter uma vida sexual oficializada” ou então, “curtir a vida a dois sem preocupação”!
            Ora, não é nada disso! O verdadeiro sentido do matrimônio ou do casamento é o amor verdadeiro, que exige maturidade, doação e responsabilidade. Não se trata de uma brincadeira, que “se não der certo separa”... Trata-se de uma decisão séria, pois será por toda a vida e implica a formação de uma família!
É, pois, na família que reside a maior expressão da fecundidade do casal. Os filhos são dom de Deus e expressam os frutos do matrimônio, devem ser desejados desde o primeiro instante que decidem se casar. Nesse contexto, o sexo assume grande importância, pois consiste na celebração do amor conjugal, unindo em profundidade o corpo e a alma do casal, que cumpre por meio desse ato de amor, o admirável desígnio de Deus que ao criá-los ordenou: “Sereis uma só carne” (Cf. Gn 2,24), e ainda “Crescei e multiplicai-vos” (Cf. Gn 1, 28).
Conforme nos aponta Aquino (2010, p.17): “O sexo é algo muito sublime no plano de Deus, é um ato santo e santificador no casamento e querido por Deus”. Por ser revestido de tamanha dignidade, incluindo em seu plano a geração de novas vidas é que o sexo deve ser vivido de maneira correta, amparado pelas bênçãos do Sacramento do Matrimônio. Dessa maneira, a vivência sexual não deve fazer parte do tempo do namoro, pelo fato de não existir entre os namorados a aliança consolidada do matrimônio. Assim, devem viver a castidade, preocupando-se em conhecer a alma e não o corpo da pessoa amada.
A castidade é uma virtude belíssima! Reflete a pureza do amor e a sua magnificência! Por meio da castidade São José e Nossa Senhora viveram o Sacramento do Matrimônio em sua plenitude. De acordo com o Beato João Paulo II, o Papa escravo de Nossa Senhora: “A comunhão de amor virginal entre Maria e José, embora constitua um caso muito especial, ligado à realização concreta do mistério da Encarnação, foi todavia um verdadeiro matrimônio”.
A aliança entre os dois era autêntica, pois possuíam a alma e o coração verdadeiramente desposados! Em decorrência desse amor verdadeiro, São José e Nossa Senhora formaram uma verdadeira família, estruturada nos alicerces da Vontade de Deus, possuindo a sua centralidade em Cristo e animada pelo Espírito Santo.
            Somos todos chamados a imitarmos o modelo de santidade da família de Nazaré. Os esposos devem se dedicar a observância das virtudes de São José, buscando viver a sua castidade, humildade, mansidão, justiça, desapego, dedicação, e, sobretudo, a sua total disposição em fazer a vontade de Deus. As esposas, por sua vez, devem buscar ser para seus esposos tal como Nossa Senhora para São José, imitando a Sua doçura, o Seu zelo, Sua delicadeza, paciência, amorosidade, diligência, sobretudo o Seu silêncio, que representava o acolhimento perfeito dos planos divinos.
 Se o casal buscar viver de fato cada uma dessas virtudes, conseguirá gerar e educar seus filhos no amor de Deus, orientando-os à santidade, de tal maneira, que nascerão de nossos lares uma nova geração de homens e mulheres... Novos “Josés”, novas “Marias”, novos “meninos Jesus”, e assim, novas famílias sagradas!
Conhecendo as imensuráveis riquezas do Sacramento do Matrimônio, façamos o firme propósito de obedecermos ao chamado de Deus em nossas vidas: a santidade! Como? Sendo fiéis a nossa vocação, fixando os nossos pés na Promessa de Deus para a nossa vida!
Promessa que para nós, casais Discípulos da Mãe de Deus, se traduz em nossa Palavra de Fundação (Cf. 1 Tm 4, 12-16), onde o Senhor nos ordena: “Torna-te modelo para os fiéis! No modo de falar e de viver, na caridade, na fé e na castidade” e nos promete: “Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem!”
Que essa ordem do Senhor se estenda a todos os casais, para que sejam modelo e testemunho para os fiéis na vivência de um matrimônio santo!


Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Confira também Entrevista com os nossos fundadores!
BIBLIOGRAFIA

AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de. Matrimônio. Coleção Sacramentos. São Paulo: Editora Canção Nova, 2007.

______. Sereis uma só carne. Lorena: Cléofas, 2009.

______.Vida Sexual no Casamento. Lorena: Cléofas, 2010.

______. A Virgem Maria – 58 catequeses do Papa João Paulo II sobre Nossa Senhora. Lorena: Cléofas, 2006.

IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000.





Pollyanderson Mariano e Maria Cristina

Membros nível II de Aliança, residentes do Condomínio Mãe de Deus e Coordenadores da Missão temporária da Fraternidade em Santa Cruz/RN.






Para citar esse artigo:
Pollyanderson e Maria Cristina - "As Riquezas do Matrimônio"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
http://formacaodiscipulosdamaededeus.blogspot.com/2011/08/as-riquezas-do-matrimonio.html
Online, 03/08/2011

São João Maria Vianney, modelo de sacerdócio em Cristo e escravidão de Amor a Virgem Maria


            Toda a Igreja Militante, Padecente e Triunfante, celebra dia 4 de agosto o nascimento para o Céu do Cura d’Ars, São João Maria Vianney. Canonizado pelo papa Pio XI em 1925, o nosso amado Santo Cura foi elevado patrono dos párocos em 1929 e atualmente é venerado como padroeiro e modelo para todos os sacerdotes.
            Com uma leitura superficial de sua vida poderíamos tomá-lo simplesmente como um bom e santo sacerdote. Porém, São João Maria Vianney, é uma fonte pulsante para todo membro da Igreja que anseia pela vida espiritual e missionária. Nascido para existência terrena em 8 de maio de 1786 a meia noite, também nesta data foi agraciado em nascer para Cristo com o sacramento do Batismo. Desde sua mais tenra infância nota-se sua extraordinária inclinação às coisas do Pai, predestinação ao Seu serviço e um amor especial à Virgem Imaculada. Contava sua irmã Margarida que o santo confessava a mãe na infância que queria ganhar muitas almas para Deus. Da Mãe de Deus trazia consigo apaixonadamente uma imagem que acompanhou-o até a sepultura, confessando “A Santíssima Virgem é meu maior afeto, amava-A antes mesmo de A conhecer”.
            Devido a sua humildade demorou-se em iniciar os estudos e quando desejou ser padre, sofreu as conseqüências: grande dificuldade em aprender. Foi assistido de perto pelo Pe. Balley, que cuidou pessoalmente de sua formação e empenhou-se em defender a vocação de seu jovem paroquiano junto às autoridades eclesiásticas. Antes de conferir Santa Ordem (recebida pelo santo dia 9 de agosto de 1815 com 29 anos e após muita luta) foi investigado da seguinte forma pelo responsável em autorizar sua ordenação: “É devoto?... Reza o Rosário?... Tem um especial amor para com a Virgem Maria?... Então será um bom sacerdote!” A um devoto crítico e escrupuloso que leia essas linhas pode soar como um abuso, porém Aquela que formou o Sumo e Eterno Sacerdote Jesus Cristo não será digna de toda a confiança e necessária para formar todo aquele que busca ser “persona Chisti”?
                Sacerdote recém ordenado foi servir ao Senhor da messe como vigário junto ao Pe. Balley, ao qual santamente e reciprocamente acusavam-se de serem severos demais com as mortificações pessoais. Após a morte de seu amado tutor, é enviado ao povoado de Ars. Lá foi provado do início do ministério no local até sua morte. Já o bem sabemos que terra era Ars: os prostíbulos e casas de jogos eram freqüentados quase que diariamente pelos moradores e lá estava o humilde padre! Porém o justo é provado no fogo e o santo sacerdote ia aos pés do Senhor diariamente, visitva todas as casas do local e mortificava-se. A Igreja começou a encher, Jesus Sacramentado passa a ser adorado todo o momento, as pessoas acorriam ao confessionário. Após uma longa batalha no confessionário todos os dias lá estava o santo Cura no púlpito: pregando, exortando, ensinando... Vale salientar que não era dotado de uma oratória erudita, mas falava a linguagem que penetrava as almas e as inquietava. Ele apresentava a face do “Bom Deus” digno de nosso amor e asseava o pecado das almas com o Sacramento da Penitência.
            As almas têm sede de Deus e o Santo cura João Maria exalava santidade. Sua reputação de santidade alastrou-se e Ars virou um pólo de peregrinação, seu confessionário vivia lotado, muitos peregrinos precisavam dormir nas filas. Apesar de tanto sucesso no seu ministério o padre continuava tão humilde ou mais que antes: sua batina era “filha” única e cheia de remendos. Seu sapato era furado e muitos confessavam que via-se os dedões. Quando perguntavam sobre suas roupas dizia que “uma batina surrada combina com a mais bela casula”. O zelo pela Casa e pelas almas do Senhor o consumia. Dormia de 2 a 4 horas por noite, comia medíocres refeições. Fundou em sua paróquia diversos confrarias e obras de assistência social, podemos citar as Confrarias do Santo Rosário (às senhoras) e do Santíssimo Sacramento (aos homens), mas a Casa da Providência era a menina de seus olhos. Tinha especial apreço e cuidado esse bom Pastor.
            A Virgem venerada como Imaculada era amada apaixonadamente pelo santo. Além de afeto esse grande sacerdote confiava na eficácia da ação da Virgem Maria para a conversão e santificação das almas. Era escravo de amor e não contentava em viver apenas na sua intimidade a sua escravidão. Consagrou toda a sua paróquia ao Imaculado Coração de Maria Santíssima e mandando confeccionar um coração de bronze, listou todos os seus paroquianos e selou-os no Coração da Virgem. Aos devotos ez-se publicar duas guias para as almas devotas: “Guia das almas piedosas nos santuários de Maria” e “Considerações sobre a necessidade de conhecer Jesus Cristo”. Fundou a Confraria da Santa Escravidão à qual tinha especial amor, escrevendo os 10 mandamentos do escravo da Santíssima Virgem.
            À nós, Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus, esse Sacerdote santo é um luzeiro que infude um parâmetro e modelo acabado, e já reconhecido pela santa Igreja. Temos o chamado de prover o sustento espiritual ao Clero de nossa diocese e de dioceses de nossas missões, rezando todos os dias por mais operários à messe. Pedimos virtudes inerentes àqueles que hoje realizam seu ministério como pastores de nossa Igreja. Clamamos pela liberdade de espírito, castidade, pobreza, obediência, amor à Cruz, entrega dos bens espirituais e o amor a Eucaristia. Convidamos as almas que se consagram a Jesus por Maria Santíssima na Santa Escravidão de amor em nossos grupos, a adotarem espiritualmente e aleatoriamente um membro de nosso clero. Portanto o fiel, consagrado a Virgem Maria ou qualquer pessoa que também deseje adotar, compromete-se em rezar diariamente por seu filho espiritual, formando assim uma corrente de amor e intercessão. Rezando por esses homens que na limitação humana e diante de tantas provações e perseguições lutam para configurar-se a Cristo como Bom Pastor e rosto de misericórdia do Pai.
            Lanço hoje uma proposta: ame seu sacerdote! Faça uma homenagem a ele no seu dia e principalmente reze para que pela intercessão de São João Maria Vainney e aos cuidados da Virgem Maria que pela graça divina seja ele configurado a Cristo.
            São João Maria Vianney modelo dos sacerdotes, rogai por nós!




Isabelle de Maria

Consagrada a Nossa Senhora.






Para citar esse artigo:
Isabelle de Maria - "São João Maria Vianney, modelo de sacerdócio em Cristo e escravidão de Amor a Virgem Maria"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
Online, 03/08/2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maria Santíssima: Rainha das Vocações


            Neste mês dedicado as vocações, com o auxílio da Beatíssima Virgem trilhemos a via do conhecimento de nossa vocação própria, como também do nosso estado de vida.                  
            “Vem e segue-me” (Mt 9, 9), estas são as palavras de Jesus aos santos, aos pecadores... O homem embebido pelas paixões terrenas não consegue contemplar por si só o magnífico convite de Jesus, apegado as coisas da terra não consegue elevar os olhos aos céus. Resta-nos unicamente fitar o Olhar na Imaculada, a Mãe de Deus para que Ela nos oriente à eternidade de Deus.
            Na vida de alguns, tal chamado nasce impresso no coração e na alma, como Santa Teresinha que desde a mais tenra idade já sonhava em atender ao chamado de Deus, outros como Santo Agostinho precisaram despertar do torpor infundido pelo mundo em sua alma. Cada pessoa tem o seu chamado particular, sua vocação, seu estado de vida, o que precisamos descobrir é a maneira de abraçar a esse chamado, nossas escolhas e decisões de hoje, podem influenciar na nossa auto-realização em Deus, a plenitude da felicidade eterna.
“A vocação da humanidade consiste em manifestar a imagem de Deus e ser transformada à imagem do único do Pai”. (CIC 1877)
            Sede santos porque eu sou Santo! (Lv 11,44). Nosso primeiro chamado é a Santidade, sem esta adesão ao caminho de perfeição não existe a capacidade de ouvir e nem tão pouco corresponder ao chamado de Deus. “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (S. Gregório de Nissa, V. Mos: PG 44, 300D apud CIC 2028).
            A este propósito recorremos ao patrocínio da Imaculada para que Ela nos ensine a atender ao convite de Jesus, Ela que livremente disse a sua Fiat à vontade divina, sem hesitações ou temores, unicamente por amor... “Eis aqui a Escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38).
            A Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus inserida no contexto das Novas Comunidades, com direito diocesano “reúne em torno da Tesoureira das Graças os corações de todas as partes, independentemente de seus estados de vida, leigos ou clérigos para compartilharem suas experiências de fé e fundamentarem seus conhecimentos numa proposta concreta de espiritualidade: consagração a Jesus Cristo por meio de Maria Santíssima.” (Regras de Vida, cap. II)
            Através de partilhas e formações de nossos membros, esperamos ajudá-los a compreender e perceber o seu chamado a viver a Vocação Discípulos da Mãe de Deus, ou uma vocação na Igreja.

Totus Tuus!

Referências: 
Regras de Vida da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus.







Mônica Mariana

Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.







Para citar esse artigo:
Mônica Mariana - "Maria Santíssima: Rainha das Vocações"
Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus
Online, 01/08/2011