quinta-feira, 28 de abril de 2011

São Luis Maria Grignion de Montfort



I – Vida e personalidade
       São Luis Maria Grignion de Montfort nasceu em 31 de janeiro de 1673 na cidade de Montfort, na região da Bretanha, França. Vinha de uma família que pertencia a nobreza, mas que se encontrava em decadência financeira, sendo o seu pai um homem duro, que não aceitava a situação critica pela qual passava, pois era o advogado da vila, mas um homem cristão que tomava conta da Igreja de São João e, sua mãe uma senhora dona de casa. Seus pais eram João Batista Grignion de Bachelleraie e Joanna Visuelle de Chesnais, ambos de famílias nobres, mas, como dito, pouco afortunados. No Batismo o menino recebeu o nome de Luís, ao qual na crisma se acrescentou o de Maria. Mais tarde abandonou o nome de sua família, passando a chamar-se Luís Maria Montfort, porque foi em Montfort onde recebeu o santo batismo. Do matrimônio abençoado dos Bachelleraie-Visuelle, além de Luís Maria procederam mais 17 filhos, dos quais um se fez padre, outro entrou na Ordem de S. Domingos, e uma irmã tomou o hábito de São Bento. Guyonne Jeanne, geralmente chamada Luísa, tornou-se Irmã do SS. Sacramento. Morreu em odor de santidade e era predileta do Santo.
       Sempre introvertido, vivendo sempre em recolhimento e oração, ficava muito sozinho, quando aos doze anos foi enviado pelo pai para a Escola dos Padres Jesuítas na cidade de Rennes, onde sempre, de forma discreta, foi o aluno mais destacado dentre os mais de dois mil que ali estudavam.
       O seu caráter é demonstrado desde a adolescência. Um exemplo é a sua caridade ardente, vista quando ao sentir que o colega de escola era alvo de zombarias por parte dos outros alunos por não ter uma boa roupa, São Luis se colocou a mendigar e quando estava com a metade do dinheiro para comprar a roupa nova, leva o amigo à loja e lá chegando diz ao dono da loja que ali estava um irmão dele e que necessitava de uma roupa nova, mas o dinheiro somente pagaria a metade e a outra metade seria paga pelo comerciante. Vendo a situação, o comerciante não entende, mas cede ao pedido e vende a roupa pela metade do preço. Sua caridade também se mostra com os doentes, pois todo o dia após as aulas, dirigia-se ao hospital para cuidar dos enfermos e ler para eles algum livro e explicar-lhes o catecismo.
Vivendo no Colégio dos Jesuítas, São Luis pôde conhecer a sua vocação, e, certo dia, quando tinha vinte anos, diante da imagem de Nossa Senhora, em razão do seu pedido de que Deus mostrasse qual o caminho deveria seguir, ouviu uma voz que lhe disse: “Tu serás sacerdote”.
       Entendendo a vontade de Deus, Montfort decidiu ingressar no Seminário em Paris. Resolveu que iria sem nada, mas seus pais e uma boa senhora fizeram-lhe um enxoval e deram-lhe algum dinheiro. Recebendo tais coisas, mesmo sem vontade, Montfort saiu em direção a Paris e ao encontrar alguns mendigos, deu-lhes todo o seu dinheiro, enxoval e a roupa que usava trocou com um dos mendigos, demonstrando o seu desapego as coisas do mundo e sua vontade de livremente seguir a Deus, fazendo seu voto de pobreza diante de Deus. Como o próprio Santo coloca como lema de sua vida, ”Deus Só”, colocando-se como um homem livre.
       Após percorrer a pé cerca de 300 km, em dez dias, chega a Paris e se dirige ao Seminário de São Suplício, mas ao chegar ao tradicional seminário, dividido em Grande e Pequeno São Suplício, e, ao verem a situação em que se encontrava vestido e sem qualquer dinheiro para ingressar no seminário, foi enviado para um seminário que acolhia jovens pobres que desejavam ser sacerdotes, seguindo com seus estudos de teologia na Universidade de Sorbonne. Ao chegar ao seminário, Montfort observou a grave crise financeira pela qual o mesmo passava e ofereceu-se ao reitor para mendigar e recolher doações para o seminário, e, a sua caridade ficou ainda mais marcada quando passou a velar os mortos pelo menos três vezes por semana em troca de dinheiro para o seminário, o que o fez ter um desapego ainda maior com as coisas do mundo. Montfort sempre confiou na providência de Deus, tanto que chegou a doar sua batina e confiar que lhe seria dada uma em troca de doar a um mendigo o dinheiro que serviria para começar a pagar outra.
Durante o período de dificuldades do seminário, falece o reitor do seminário que tão bem acolhera o Santo e São Luis, de forma serena e calma diz que confia na providência de Deus, passando para outro seminário que acolhia seminaristas pobres e o sustento era ainda mais difícil, fazendo-o adoecer e no leito do hospital São Luis sentia a alegria de poder ter a honra de ficar doente para a glória de Deus e sua certeza era tanta que Deus o tiraria daquela situação que oito dias depois estava de pé. Não lhe faltaram ocasiões de se exercer nas virtudes, em suportar com paciência injúrias e contradições. Ávido de sacrifícios reduzia seu corpo à servidão com toda a sorte de mortificações. Foi naquela época que fez o noviciado de caridade para com os pobres, virtude esta, cuja prática tornou-se nota característica de sua vida.
       Após todo o sofrimento com o fechamento do outro seminário que o acolhera e de tornar-se conhecido como um jovem de fé e de, desde cedo, grandes feitos, São Luis é recebido no Seminário de São Suplício com grandes honras, mas, por não ser um homem comum, ele sofreu perseguições e humilhações de parte de seus superiores, negando-lhe até mesmo acompanhamento espiritual e confissão. Contudo, com sua fé inabalável na intercessão da Virgem Maria, mantinha-se obediente, e com Maria Santíssima passava por todas as provações sem reclamar. Vendo os superiores que não tinham como mudar São Luis, colocam-no como responsável pela biblioteca, o que o fez conhecer ainda mais a Mãe de Deus e ter ainda mais amor por Ela, tendo conhecido a Santa Escravidão de Amor e, com autorização de seus superiores, consagrou-se a Virgem Maria e criou um grupo de escravos de amor no seminário. Ao se consagrar, torna-se apostolo e começa seus caminhos de pregação, levando a todos o conhecimento de Deus e o amor de Maria Santíssima, tanto que não admitia o pecado em sua presença, chegando a, com a cruz na mão, se pôr diante de um duelo que estava sendo travado, bem como dispersou as pessoas que viam na rua exibições obscenas e pecadoras. Após o início de suas missões, em 1700, no dia 05 de junho, é ordenado, passando o dia em adoração e uma semana preparando sua primeira missa.
       São Luis tinha dois amores, a Virgem Maria e os pobres. Sobre a primeira, falaremos depois. Pelos pobres seu amor era intenso. Vejamos suas demonstrações de amor:
  • Acolhido pelos pobres do Hospital de Poitiers, ao chegar mal vestido, confundindo-se com um mendigo, estes lhe dão roupas e o que comer;
  • Recebido pelos pobres, é colocado como capelão do hospital, e, mendigando nas ruas, arrecada donativos para o hospital, tornando-o um lugar agradável, e procura e recebe cada vez mais pobres e doentes que vagavam pelas ruas. Como Montfort não aceitava o pecado e não seguia os regulamentos do hospital, o administrador e alguns pobres pecadores contumazes o expulsam do hospital, e, após oito dias de afastamento, São Luis volta para o hospital após o falecimento do administrador, do superior e de mais oitenta pessoas. Com a volta, assume as atividades no hospital, de onde é novamente expulso, e, a pedido dos pobres a seus superiores, retorna, e se dá as mortificações (jejuns, penitências etc.) para que fossem derramadas graças sobre o seu trabalho que era de suas atividades como padre, como apóstolo e com seus trabalhos no hospital. Neste hospital deixa duas missionárias, inclusive aquela que com ele, Maria Luisa Trichet (mais tarde beatificada), fundaria as Filhas da Sabedoria.
  • Todavia, é mandado embora novamente e se dê as missões, tendo adquirido um terreno onde fixou um grande crucifixo e todas as noites pregava para uma grande aglomeração de pessoas;
       Após sair definitivamente do hospital, o Santo da Cruz se colocou em missões por diversas dioceses da França, sendo acolhidos algumas vezes, aplaudidos outras e caluniado a perseguido sempre, tanto que após diversas perseguições e de alguns bispos não permitirem que pregue ou que celebre, o mesmo se dirige, a pé, em constante peregrinação e penitência, para Roma e lá solicita do Papa Clemente XI que o envie para missões fora da Europa, não tendo o Papa aceito e o enviado de volta à França, agora, como Missionário Apostólico.
       Em 01 de abril de 1716 estava em missão e após uma sessão de flagelações, método utilizado pelos santos para alcançarem a graça divina. Dois dias depois, acompanhado por quatro outros sacerdotes, mas sobrecarregado de trabalho, acometido de grande febre e quase sem fôlego se coloca em procissão para demonstrar ao povo o respeito que se deve ter com o bispo que o convidara para pregar. Pregou, e, logo após, se colocou sobre vitimado de pleurisia maligna sobre um colchão e lá recebeu os últimos sacramentos. Em 28 de abril de 1716 falece, com 43 anos, acometido da pleurisia. Antes de seu óbito, dita seu testamento, pedindo que seu corpo fosse enterrado no cemitério e seu coração colocado embaixo do altar da Virgem Maria. Até mesmo em seu leito de morte mostrou seu espírito de combate e confiança em Deus e na sua boa Mãe, pois imóvel exclamou para satanás, “é em vão que tu me atacas! Estou entre Jesus e Maria”.    
       Em 07 de setembro de 1838, o Papa Gregório VI deu-lhe o título de venerável e iniciou seu processo de beatificação. Em 1848, o Papa Gregório XVI concedeu-lhe o título de venerável e em 1853 a Congregação Romana para a Causa dos Santos pronunciou que as obras de São Luis estavam isentas de qualquer heresia e as aprovou. Em 29 de setembro de 1869, o Papa Pio IX publicou decreto sobre os feitos heróicos de Montfort e autorizou o exame de quatro milagres atribuídos a ele. Em 1886, Leão XIII aceitou os quatro milagres e a beatificação se deu em 22 de janeiro de 1808, a sua canonização definitiva se deu em 20 de julho de 1947, esperando assim o século de Maria, pelo Papa Pio XII. Em 1983, no Congresso Mariano Internacional foi confeccionada e enviada ao então Papa João Paulo II carta pedindo a aclamação de São Luis como Doutor da Igreja, o que ainda está em análise na Congregação para as Causas dos Santos. No dia 20 de julho de 1996 o Papa João Paulo II inseriu sua festa no calendário romano universal.  Sua festa é comemorada com muito júbilo pelas famílias monfortinas e seus devotos, no dia 28 de abril de cada ano.

II – Missão
       São Luis nasceu para pregar e levar a palavra de Deus e o amor a Virgem Maria pelos cantos, tanto que comovia as multidões que o admiravam ou odiavam-no. Tanto que em suas missões levava multidões para ouvi-lo, e, pregando a palavra de Deus, o amor a Mãe de Deus e a conversão, tornou-se admirado, mas, perseguido, tanto que estando em missões, recebeu uma carta do Bispo que o mandou deixar a Diocese, e, sempre fiel a Santa Igreja, foi embora e, a pé, seguiu de Paris a Roma para ter uma audiência com o Papa Clemente XI, dando aos pobres, no caminho, o dinheiro que tinha e passando por fome e frio. Ao chegar a Roma, em respeito, coloca-se de joelhos e tira os sapatos. Recebido pelo Papa, pede-lhe que seja enviado para missões na Ásia ou na África, tendo recebido do Papa a missão de retornar a França e lá, com as bênçãos do Papa que o nomeou missionário apostólico, exercer a sua missão de apóstolo.
       Em suas missões, sempre foi muito requisitado, mas também perseguido e mostrava seu ardor e sua crença, acreditando sempre na vontade e providência de Deus. Em uma de suas missões, diversas pessoas brigavam e atiravam pedras umas nas outras, e Montfort se coloca entre elas, reza uma ave-maria e beija o solo, parando a briga. Ainda na missão, estava pregando e viu pessoas em uma mesa jogando. Foi até a mesa e a chutou, sendo, com alegria e recitando o terço, levado pelos soldados preso, mas liberto em seguida, o que o deixou triste, pois desejava ser preso por amor a Deus e a seus irmãos que haviam largado o jogo. Da mesma forma que fez com a mesa de jogo, fez com mesas de um bar que estava próximo ao local onde pregava e pegou dois dos piores pela gola das camisas e os coloca para fora e os manda ir embora.
       Em suas missões, além de seu ardor em fazer os outros pararem de pecar, pregava a renovação das promessas do batismo com a prática da verdadeira devoção a Santíssima Virgem, onde os consagrados entregavam-se ao Cristo pelas mãos de Maria Santíssima para melhor depender e se entregar a Deus. Suas missões também eram marcadas pelas multidões que se colocavam em procissões com o crucifixo como estandarte, colocando calvários e reconstruindo igrejas.     
       Montfort e a cruz. Desde sempre apaixonado pela paixão de Cristo, São Luis era um grande amante da cruz. Pregava: “Jamais a cruz sem Jesus nem Jesus sem a cruz”. Chegou a pregar sem dar qualquer palavra, deixando a cruz no altar, contemplando-a e levando-a aos ouvintes para beijá-la dizendo: “Eis teu Salvador, não tens bastante pesar por tê-lo ofendido”. Sempre em cada missão buscava erguer um calvário, ou, pelo menos, uma cruz. Em La Rochelle resolve colocar dois calvários em honra da vitória sobre o demônio e após abençoar o segundo calvário, foram vistas cruzes no céu por cerca de 15 minutos. Em Fontenay, o céu aparentava chuva, mas Montfort tranqüiliza as pessoas dizendo que o céu estava com eles e o sol voltou a brilhar forte. O amor a cruz é traduzido por Montfort como a nossa obrigação de, sem murmuração, carregarmos nossas cruzes, pois Jesus carregou a sua cruz por nos redimir do pecado. Como o próprio Cristo disse, quer me seguir, renuncia a ti mesmo, pega a tua cruz e me siga. Além da cruz, Montfort se dá a grandes penitências, jejuando constantemente, realizava flagelações, utilizava cadeias de ferro e silício.
       Com a sua personalidade forte, São Luis enfrentou grandes perseguições e provações. Em Poitiers foi expulso pelo bispo quando ia queimar cerca de 500 livros e um padre enciumado colocou uma figura do demônio e disse ao bispo que Montfort queria queimar o diabo. Em Lê Chevrollière é insultado pelo pároco e outros incrédulos e permaneceu calmo e em oração e ao se despedir do pároco disse que rezaria todos os dias para que ele fosse santo. Chamavam-no de louco, atiravam-lhe pedras, falavam mal-no, humilhavam-no, mas Montfort permanecia fiel a sua missão e obediente a Igreja. Em Ponchâteau buscou erguer um grande calvário em uma colina, tendo a colaboração e serviço de mais de 20.000 pessoas, mas teve negada a autorização para abençoar pelo bispo de Nantes que também o mandou ir embora e o calvário foi destruído por ordem do rei. São Luis saiu sem qualquer queixa e sem se opor a ordem do bispo.
       Em 1711, calvinistas de La Rochelle puseram veneno na bebida de Montfort, ficou por dias doente, mas escapou da morte. Vendo que estava chegando próximo os seus dias, diante das conseqüências que o veneno lhe trouxe, colocou-se a escrever. Em três dias escreveu a obra O Segredo de Maria. Em 1712 escreveu sua obra prima, após ter lido diversas obras sobre a escravidão de amor e sobre mariologia, Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem. Têm ainda a obra O Amor da Sabedoria Eterna,profundamente teológica e Carta aos Amigos da Cruz.     
       São Luis também era profeta e, dentre as suas diversas profecias está aquela colocada no Tratado da Verdadeira Devoção onde diz que grandes feras perseguirão aquele livro e aqueles que o lessem.  Tal profecia se realizou integralmente, pois o livro não foi publicado quando o santo estava vivo, e, após sua morte, seus discípulos foram perseguidos e o livro, com a chegada da Revolução Francesa, além de perder algumas partes em razão de incêndios criminosos, foi colocado em um cofre, sendo redescoberto apenas em 1842. Além de grande profeta, a São Luis são atribuídos grandes milagres e obras de Deus.

III – Legado
       Montfort, pela graça de Deus não poderia ficar esquecido, tanto que além de suas obras e suas missões, fundou a Companhia de Maria, formada por homens e as Filhas da Sabedoria formada por mulheres com o objetivo de propagar o seu legado pelo mundo.  
       Com suas obras e ensinamentos, São Luis inspirou diversos movimentos e santos, como a Legião de Maria, o Movimento Sacerdotal Mariano, a Arca de Maria, os Arautos do Evangelho, os Discípulos da Mãe de Deus etc, bem como santos como Santa Terezinha, Santo Cura D’ ars, além do saudoso Papa João Paulo II que tinha como lema a frase Totus Tuus.  
IV – Sua vida com Maria Santíssima
       Desde os seus cinco anos, Montfort já demonstrava o seu zelo e amor pela Virgem Maria, tanto que sempre acompanhava sua mãe na oração do santo rosário e, ao passar por alguma imagem da Virgem Maria, saudava-as e ficava por horas nas Igrejas diante da imagem da Virgem Maria, bem como até o seu leito de morte permanecia com uma pequena imagem da Virgem Maria.
       Conheceu no seminário, após a leitura de todas as obras de grandes santos de sua época e épocas anteriores, como São Bernardo, São Bernardino, São Boaventura, a Consagração, também conhecida como escravidão de amor, onde o fiel se entrega inteiramente à Virgem Maria, na qualidade de escravo de amor, renovando as promessas batismais e entregando a Santíssima Virgem todos os seus bens espirituais e materiais e sua vida para que a Virgem Mãe de Deus possa melhor apresentar o fiel a Jesus. Coloca, ainda, que o consagrado que renova as promessas batismais pela Consagração quer servir-se da Mãe do Verbo para instaurar o reinado Dela, e, por conseguinte, o reinado de Jesus, pois apenas Jesus Cristo é o caminho, mas Sua Santíssima Mãe é o mais perfeito, seguro e curto caminho que nos leva ao Salvador. Menciona que a verdadeira devoção é uma consagração de tudo o que se possui no tempo e na eternidade, uma entrega total a Virgem Maria, passando o consagrado a ter uma dependência integral da Santa Virgem Maria.

       Tendo se consagrado à Santíssima Virgem Maria, levou em todas as suas missões o conhecimento e a consagração a Jesus por meio da Virgem Maria, realizando grandes conversões e momentos de intenso amor à Mãe de Deus como forma de na dependência e buscando viver as virtudes da Mãe do Redentor o fiel pudesse mais dignamente buscar a santidade e sua entrega a Deus.
V – BIBLIOGRAFIA
1 - www.paginadooriente.com.br – texto revisado pelo Pe. Luiz Augusto Stefani (SMM – Missionário da Companhia de Maria (Missionário Monfortino);
3- Jogen, Humberto, Vida de São Luis Maria Grignion de Montfort, Editora Santuário, 1992.

Alexsandro de Maria é membro aliança nível 3, casado e mora no Condomínio Mãe de Deus.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os dois partidos... Qual devemos seguir?


“Nada te pareça grande, elevado, agradável ou digno de aceitação, a não ser somente Deus ou o que a ele se refere”. (Imitação de Cristo II, C. 5, n.3)

            Em meio à secularização que bate a nossa porta, o relativismo que nos circunda somos convidados pelo próprio Cristo a nos questionar a respeito dos nossos atos e julgamentos. Viveremos nesta semana a mais pura expressão do amor de Deus, a Imolação do seu Filho, que se fez homem, morreu na Cruz por tanto amar a miséria humana.
            São Luís Maria Grignion de Montfort em sua obra “Carta aos amigos da Cruz” nos apresenta dois partidos: o de Cristo e o do mundo, tal obra nos leva a reflexão a respeito do que somos ou a quem pertencemos... A Deus ou ao Mundo.
            O Partido de Jesus luta segundo o Evangelho, avança por uma estrada estreita e segue aquele que foi coroado de espinhos. Seguem-o na pobreza, dor, humilhação e nas cruzes que o dia-a-dia oferece, para melhor se assemelharem ao seu Rei.
            Em contra partida há o partido do Mundo que luta segundo as suas máximas, é aparentemente mais atraente que o de Jesus, avança-se por um caminho largo e espaçoso, onde a ganância se apoderou tanto das pessoas, que este caminho mesmo largo, tornou-se pequeno. É uma estrada coberta de flores, diversão, prazeres, ouro e prata, mas que tem no final a condenação eterna.
            A quem você tem seguido?
            Fixemos o nosso olhar apenas em Jesus Crucificado, fujamos daquilo que existe no mundo, amemos ao nosso Senhor e Salvador na melhor forma, na livre aceitação de toda espécie de cruz. Obedientes ao seu chamado: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (cf. Mt 16,24).
            Também o servo não é maior que o seu Senhor! Carreguem com paciência e alegria as vossas cruzes, elas nos trarão a santidade!

Viva Jesus! Viva a sua Cruz!

Propósitos para essa semana:
- Carregar a sua cruz com amor e alegria, sem murmurações ou arrependimento a fim de melhor se assemelhar a Cristo;
- Pedir a intercessão da Mãe das Dores a todo instante nas tentações e alegrias, desânimo e fervor... Para que Ela com a sua doçura materna adocique as nossas maiores e menores cruzes.
Referências:
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Carta aos amigos da Cruz. João Molenvade, MG: Missionários Monfortinos, 2005.









Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ser um amigo da Cruz do Senhor...

          
           










“São muitos os amigos de minha mesa, mas poucos os amigos de minha cruz”.
 (Imitação de Cristo II, C. 11, n.1)     


           O termo amigo da Cruz é o nome mais brilhante que o sol, mais elevado que o próprio céu, mais magnífico e glorioso do que os apelidos que se dão aos reis e imperadores. É por assim dizer o nome mais sublime de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem e, sobretudo o nome inconfundível do Cristão (CAC 3).
            O amigo da Cruz é aquele que Deus escolhe entre dez mil pessoas que vivem ao sabor dos sentidos e da simples razão, para transformá-lo num homem espiritual, a partir da contemplação da Cruz para instigá-lo a uma vida de fé pura e de amor ardente a Cruz (CAC 4).
            Por esta predileção divina os acolhidos e resgatados pela Cruz se assemelham a um rei poderoso e verdadeiro herói, vence o demônio pelo amor as humilhações, o mundo pelo amor a pobreza que o faz triunfar sobre a avareza, e a carne pelo grande amor aos sofrimentos que o faz apagar a sensualidade do corpo (CAC 4).
            Pelo amor a Santa Cruz pouco se apega aos bens terrenos, do contrário o seu coração o eleva acima de tudo quanto é caduco e perecível, vive como estrangeiro e peregrino desta terra, livre de todo vício que possa aprisioná-lo as coisas do mundo, para almejar somente a sua pátria, o céu (CAC 4).
            Os amigos da cruz do Senhor foram levados com Ele pela via estreita e espinhosa do Calvário, para na Cruz se tornarem nobre conquista de Jesus Crucificado e de sua Santa Mãe (CAC 4).


Ser amigo da Cruz é ser amigo de Jesus!

Propósitos para essa semana:
- Contemplar o sacrifício do Senhor nesta semana, na prerrogativa de ser um Amigo de sua Cruz;
- Reconhecer a dignidade da Mãe de Deus e a Ela se confiar durante toda a Semana Santa, para que unidos a Ela não desejemos outra coisa se não “morrer para o mundo” e em Cristo “renascer como Nova Criatura”;
- Meditar os mistérios da Paixão do Senhor (Sugestão: Contemplar no santo terço os Mistérios Dolorosos ou a Via Sacra).

Referências:
MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. Carta aos amigos da Cruz. João Molenvade, MG: Missionários Monfortinos, 2005.



Mônica Mariana
Missionária DMD, graduanda do curso de Teologia..